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terça-feira, 9 de dezembro de 2025

COLUNA POLÍTICA | MANO MEDEIROS, NASCE O NOVO NÚCLEO DE PODER DE PERNAMBUCO| NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

MANO MEDEIROS CONSOLIDA PODER E TRAÇA ROTAS ALÉM DE JABOATÃO

REELEIÇÃO SEM SURPRESA, MAS COM SIGNIFICADO POLÍTICO PROFUNDO

A vitória de Mano Medeiros ainda no primeiro turno não foi apenas um resultado eleitoral expressivo: foi uma demonstração clara de domínio político e de maturidade estratégica. O prefeito, que assumiu após a saída de Anderson Ferreira, ocupou a cadeira sem hesitação e tratou de imprimir marca própria. O voto de 2024 não carimbou apenas uma boa administração, mas, sobretudo, a aceitação de um novo perfil de liderança, miscigenado entre técnica, articulação e projeto contínuo de poder.

PODER LOCAL, VISÃO ESTADUAL


O discurso de Mano e sua prática mostram que o projeto não termina às margens do litoral jaboatonense. A entrega de obras, o reforço nos serviços públicos e a reestruturação de áreas sensíveis, como mobilidade e assistência, foram executadas com foco na imagem institucional — não apenas na gestão do dia a dia. Ele governou olhando o presente, mas mirando o futuro, e sua vitória confirma que Jaboatão, a segunda maior cidade do estado, não é apenas um colégio eleitoral robusto: é plataforma para ambições maiores.

ARTICULAÇÃO SILENCIOSA, RESULTADOS CLAROS


Enquanto alguns preferem palco, Mano optou pelo bastidor. Sua marca na articulação política é discreta e sem atrito público. Num cenário em que legendas se movimentam, se rompem e se recombinam desde a ascensão de Raquel Lyra, Mano manteve a bússola fixa. Construiu pontes, preservou aliados e, sem buscar manchetes, tornou-se presença obrigatória no mapa do poder metropolitano. Sua governabilidade não depende de barulho, mas de acordos sólidos e continuidade de diálogo com diferentes blocos.

ANDRÉIA MEDEIROS E O NASCIMENTO DE UM NÚCLEO POLÍTICO


A pré-candidatura de Andréia Medeiros não é um gesto casual de família que deseja ocupar espaço. É a formalização de um núcleo político que pensa estrutura, sucessão, continuidade de projeto e representatividade regional. Andréia emerge com discurso técnico, amparo administrativo e redes construídas sem alarde, exatamente no estilo de Mano. Se o Legislativo estadual confirmar o caminho natural, Jaboatão não envia apenas mais uma deputada: envia um elo de poder alinhado ao Paço Municipal e ao entorno metropolitano.

RAQUEL LYRA, 2026 E O MAPA DA METRÓPOLE


No próximo ciclo eleitoral, Mano Medeiros tende a ser mais do que cabo eleitoral robusto: será operador estratégico. Sua base consolidada em Jaboatão e sua articulação com cidades vizinhas o colocam como hub político da governadora. A Região Metropolitana é campo de disputa permanente e Mano se apresenta como mediador, voz e ponte. Ele não será apenas aliado: será peça — com peso, voto e território.

DE PREFEITO OPERACIONAL A ARTICULADOR REGIONAL


O que se desenha, para além da reeleição, é a transição de papel. Mano deixa de ser gestor que atua restrito à máquina municipal e assume capacidade regional de costura. Não há estridência, mas há projeto. Não há imposição, mas há método. Sua trajetória recente mostra que poder não se exerce apenas com caneta e decreto — mas com leitura precisa do tabuleiro, escolhas silenciosas e construção progressiva de bloco político.

O FUTURO, AGORA


A consolidação de Mano Medeiros como nome-chave da política pernambucana não é especulação: é dado. O que virá, seja em projeção estadual ou como instrumentador do grupo governista, depende apenas do ritmo que ele já adotou — o de quem prefere construir antes de anunciar, fortalecer antes de reivindicar e vencer sem precisar gritar.

A reeleição confirmou liderança. O pós-reeleição, agora, revela poder.

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