O procurador-geral da República, Roberto Gurge solicitou nesta sexta-feira que o governador da Bahia, Jaques Wagner, envie as gravações telefônicas relativas à greve dos policiais militares (PMs) do estado. Feitas com autorização judicial, as gravações foram divulgadas durante esta semana e evidenciaram conversas entre lideres grevistas onde combinam ações de vandalismo para pressionar reajuste salarial.
Com as sonoras, Gurgel pretende apurar se houve conduta ilegal de quem detém foro privilegiado, como o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), presidente da comissão que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que cria um piso nacional para policiais militares.
O deputado já admitiu anteriormente que conversou três vezes com um dos líderes do movimento, o cabo do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro Benevenuto Daciolo. De acordo com ele, Daciolo mante contato com o intuito de saber sobre as possibilidades de haver articulação política para votação da proposta, devido à pressão dos policiais em direção a uma greve nacional. O deputado diz informado que a emenda não seria votada enquanto durasse a greve.
O Ministério Público Federal (MPF) também informou que, na Bahia, o coordenador criminal Vladimir Aras determinou que fossem apuradas possíveis ilegalidades cometidas pelos grevistas. Para o MPF, houve violação da Lei de Segurança Nacional em pelo menos quatro pontos: prática de sabotagem contra instalações militares, meios de comunicações e vias de transporte; tentativa de impedir com violência o exercício de um dos poderes da União ou do estado; tomada de meio de transporte com emprego de violência e incitação à prática de qualquer dos crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.
Com informações da Agência Brasil
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