quarta-feira, 31 de julho de 2019

Lava Jato deflagra 62ª fase e tenta prender presidente do Grupo Petrópolis



A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (31) a 62ª fase da Operação Lava Jato. Esta nova etapa mira o pagamento de propinas disfarçadas de doações eleitorais e operações de lavagem de dinheiro feitas pelo Grupo Petrópolis, da marca de cerveja Itaipava.

O presidente do Grupo Petrópolis, Walter Faria, é um dos alvos, mas até as 8h45 ainda não tinha sido localizado.

De acordo com a PF, foram expedidos um mandado de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão. Até as 8h45 desta terça-feira, três pessoas tinham sido presas.

Segundo a investigação, o Grupo Petrópolis teria auxiliado a Odebrecht a pagar propina através da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior.

As investigações da Lava Jato envolvendo o Grupo Petrópolis remontam a 2016, quando uma planilha com nomes de políticos e referência à cerveja Itaipava foi achada na casa do executivo da construtora Odebrecht Benedicto Junior.

Segundo delação do executivo, a construtora utilizou o Grupo Petrópolis para realizar doações de campanha eleitoral para políticos de outubro de 2008 a junho de 2014.

Em setembro de 2017, Walter Faria entregou à Polícia Federal planilhas com informações sobre repasses da empresa a políticos a pedido da Odebrecht. De acordo com os documentos, 255 doações foram realizadas somente nas campanhas de 2010 e de 2012, somando mais de R$ 68 milhões.

Além da Itaipava, o grupo Petrópolis é dono de marcas de cerveja como Crystal, Lokal e Petra, além do energético TNT. O grupo tem sete fábricas em cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Mato Grosso.

Fonte: G1

Polícia Civil prende sargento reformado durante operação contra sonegação de impostos



            Um sargento reformado está entre um dos presos suspeitos de participar em um esquema que sonegou ao menos R$ 122 milhões em impostos. A prisão ocorreu devido ao cumprimento dos mandados de busca e apreensão expedidos, na manhã desta terça-feira (30), na Operação Endosso. A operação visa obstruir empresas laranjas que figuram transações ilícitas, a exemplo de notas fiscais fictícias.

De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), o esquema criminoso envolveu testas de ferro, que são pessoas que emprestam os nomes em troca de vantagens comerciais, também foram identificadas sete empresas laranjas e cinco empresas que atuam no ramo. Além da prisão, o dono de uma empresa de bebida foi levado à delegacia para prestar depoimento.

Durante a operação, que tem como objetivo prender integrantes de Organizações Criminosas acusados de envolvimento em crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica e organização criminosa, foram cumpridos 10 mandados de prisão e 9 de busca e apreensão domiciliar. De acordo com a Polícia Civil, só em 2017 as empresas sonegaram cerca de R$122 milhões. Entre as cidades que as empresas atuavam estão Recife, Vitória, Ipojuca, Cupira e Propriá, que fica em Sergipe, onde foi expedido mandados de busca e apreensão.

Ao todo, foram emitidos quatro mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e nove de busca e apreensão pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Vitória de Santo Antão. Os mandados foram para Recife, Vitória, Cupira e Ipojuca, em Pernambuco, e Propriá, em Sergipe.

O sargento reformado Manoel Sérgio da Silva, 53 está entre os presos. A operação teve início em Abril deste ano e contou com apoio da Secretaria da Fazenda de Pernambuco (SEFAZ-PE).

Sobe para 62 o número de mortos em briga de facções no Pará






Mais quatro presos participantes da briga entre facções no presídio em Altamira (PA) foram mortos na terça-feira (30) durante o traslado de Novo Repartimento a Marabá. Ao chegarem ao destino, os agentes encontraram os detentos mortos por sufocamento em duas celas. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (31) pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) do Pará. A ação ocorreu entre 19h de ontem (30) e 1h da madrugada de hoje (31), e as razões das novas mortes estão sendo investigadas. Todos os 26 presos remanescentes serão colocados em isolamento.

Os detentos eram da mesma facção e viviam juntos nas mesmas celas e foram comparsas no confronto entre facções, no presídio em Altamira, que deixou 58 mortos na última segunda-feira (29). Durante o transporte, eles estavam algemados, divididos em quatro celas que, juntas, tinham capacidade para até 40 presos e 30 eram transportados. O estado não tem caminhão com celas individuais.

Força-tarefa: Na tarde desta quarta-feira (31), chegam a Belém 10 homens da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária. A ida do grupo foi autorizada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a pedido do governador do Pará, Helder Barbalho. A força-tarefa atuará em atividades de guarda, vigilância e custódia de presos, com apoio dos sistemas Penitenciário e de Segurança Pública do estado.

Identificação: Até a noite de ontem (30), 15 corpos de vítimas do confronto ocorrido na última segunda-feira (29) entre o Comando Classe A (CCA) e o Comando Vermelho (CV), no presídio de Altamira, no oeste paraense, haviam sido identificados. Para agilizar o trabalho, que está sendo feito por meio de exames de DNA, desde ontem (30) reforçam a equipe em Altamira peritos odontologistas forenses, além de peritos criminais do Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Belém. Nesta quarta-feira (31) os trabalhos foram retomados às 7h.

Transferências: Até esta terça, 16 líderes do confronto já haviam sido identificados e transferidos de forma imediata para a capital paraense, dez deles irão, posteriormente, para o regime federal e os demais serão redistribuídos nas penitenciárias estaduais.

Presídios: Como parte de ações estratégicas para evitar novos confrontos entre facções criminosas em presídios estaduais, a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) anunciou ontem (30), que, até o fim do ano, mais cinco unidades prisionais serão entregues nos municípios de Altamira, Parauapebas, Redenção, Abaetetuba e Vitória do Xingu. "Serão mais de 2 mil vagas abertas. E neste sábado, quase 500 agentes concursados tomam posse, algo que não existia. Com essas medidas, conseguimos melhorar o quadro e o sistema", disse o titular da pasta, Ualame Machado. (Via: Agência Brasil)

Presa em São Paulo, cantora que matou Gilmar da Banda Caras e Bocas em Arcoverde




A Polícia Civil conseguiu prender na tarde de ontem dia (30), em São Paulo, a cantora Márcia Cristina de Oliveira Luna“Márcia Bak”.

Márcia era procurada há 16 anos por ter matado no ano de 2003, o também cantorGilmar Bezerra de Azevedo, o “Gilmar da Banda Caras e Bocas”.

Segundo informações do nosso parceiro do Blog Agreste Violento,  Gilmar estava dentro do seu veículo com Márcia, quando ela atirou na cabeça dele pelas costas, o crime aconteceu em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco.

O paradeiro de Márcia vinha sendo investigado pelas delegacias de Arcoverde, que em trabalho conjunto com a Diretoria de Inteligência e Divisão de Capturas da Polícia Civil de São Paulo conseguiu localizá-la.

Márcia e Gilmar mantinham um relacionamento amoroso, o crime teria sido motivado por ele ser casado e ter posto um fim no relacionamento

Justiça intima Bolsonaro e filho a explicarem nomeação à embaixada



Por Luísa Martins | Valor


BRASÍLIA  -  O juiz André Jackson Maurício Júnior, da 1ª Vara Federal Cível da Bahia, intimou o presidente Jair Bolsonaro a se explicar sobre a possível nomeação de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), como embaixador do Brasil nos Estados Unidos. O parlamentar também deverá se manifestar.

O despacho foi assinado na segunda-feira, no âmbito de uma ação popular ajuizada pelo deputado Jorge Solla (PT-BA) para apurar se há ou não crime de nepotismo na indicação.

Segundo o petista, o ato é uma tentativa de Bolsonaro de “promover pessoalmente” seu terceiro filho sem que ele tenha as qualificações necessárias ao cargo. Isso violaria, de acordo com a petição, os princípios da impessoalidade e moralidade administrativa.

Eduardo Bolsonaro, em declaração pública, disse que seus atributos para o cargo incluem ter feito intercâmbio nos Estados Unidos, onde fritou hambúrgueres em uma lanchonete. Já o presidente da República disse que dará “o filé mignon” ao filho porque este tem uma boa relação com os filhos do presidente americano Donald Trump.

Trump disse na última terça-feira a jornalistas que não tinha conhecimento sobre a intenção de Bolsonaro de indicar Eduardo, mas que o considerava um nome “extraordinário”. A concretização da nomeação depende de aprovação do Senado Federal.

(Luísa Martins | Valor)

Mulher condenada por simular sequestro e pedir R$ 200 mil ao marido


Ronda JC

Segundo o TJPE, a ré negou que tenha simulado o próprio sequestro para extorquir o companheiro. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) condenou uma mulher acusada de simular o próprio sequestro e pedir R$ 200 mil de resgate ao marido. Águeda Suzana Alves Estevam deve cumprir pena de seis anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, por extorsão. O juiz  Eliziongerber de Freitas, da 1ª Vara Criminal de Caruaru, concedeu à ré o direito de recorrer da sentença em liberdade.


Ronda JC teve acesso à sentença. Segundo denúncia do Ministério Público, o marido da ré procurou a polícia, em março de 2017, quando recebeu uma ligação exigindo recompensa para libertar a esposa. Em interceptação telefônica, a polícia descobriu que a acusada estaria, na verdade, no Rio de Janeiro, e que só ela estaria usando o telefone. Durante investigação, a polícia monitorou os passos da ré e identificou o dia em que ela estaria no Aeroporto do Galeão (RJ). Policiais aguardaram a chegada dela no Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, e deram voz de prisão.

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Na sentença, o magistrado destacou contradições nos depoimentos dados pela ré à polícia e em juízo. “Ela negou ao delegado com bastante firmeza, que tenha sido vítima de sequestro, logo após desembarcar no Aeroporto Internacional dos Guararapes. Em juízo, a acusada contou uma versão totalmente distinta”, afirmou.

À Justiça, a mulher disse que conheceu pelo Facebook um homem chamado Josué e que teria se apaixonado por ele. Decidiu ir ao Rio de Janeiro, onde teria sido proibida pelo rapaz de manter contato com familiares. “Contou que Josué lhe disse que ela não sairia mais dali e que foi levada por ele para uma casa, na qual ficou presa em um quarto, onde teria sido obrigada a manter relações sexuais com ele e era drogada, enquanto Josué tentava extorquir dinheiro da família dela para libertá-la. Contou que conseguiu pegar um dinheiro de Josué, pulou o muro da casa e conseguiu fugir.”

Polícia já identificou 16 suspeitos de assaltar e matar empresário em Aldeia



O empresário Mário Gouveia foi morto a tiros durante assalto na mansão dele, na Estrada de Aldeia

Após três meses de investigações, a Polícia Civil de Pernambuco já conseguiu identificar a maioria dos criminosos que teria envolvimento no assalto e morte do empresário Mário Cavalcanti Gouveia Filho, 79 anos. O crime ocorreu na mansão da vítima, localizada na Estrada de Aldeia, em Paudalho.


No processo, sob a responsabilidade da Primeira Vara Criminal da Comarca de Camaragibe, já constam os nomes de 16 suspeitos. O número pode aumentar, visto que a polícia afirma já ter prendido mais de 20 pessoas que seriam integrantes do  grupo de milícia que atua nos municípios de Paudalho e Camaragibe, oferecendo serviços de segurança aos comerciantes e moradores da região, e também ligados ao tráfico de drogas e comércio ilegal de armas.


Ao menos dois suspeitos, presos em maio, atuavam como guardas do apito na rua onde Mário Gouveia Filho morava. Já tinham, inclusive, prestado serviços pontuais na mansão do dono do parque aquático Águas Finas. Naquela primeira fase da operação, cinco pessoas foram presas. Na semana passada, em nova fase, mais 11 suspeitos foram capturados em cumprimento de mandados de prisão preventiva.

O inquérito sobre a morte do empresário está sendo conduzido pela delegada Euricélia Nogueira, mas detalhes ainda estão sob sigilo por determinação da justiça. As investigações ainda estão em andamento.

Promotor do MPPE investigado por criticar colega em grupo de WhatsApp


Raphael Guerra

Corregedoria do MPPE está investigando a conduta do promotor. Foto: JC Imagem/Arquivo

O clima anda quente pelos corredores do prédio do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que fica na Avenida Visconde de Suassuna, na área central do Recife. É que promotores de Justiça, que atuam em processos ligados à Vara Criminal da Capital, andaram se estranhando. Um deles teria feito críticas a outro colega por meio do aplicativo WhatsApp. As mensagens, lidas por um terceiro promotor, foram encaminhadas em forma de denúncia para a Corregedoria do MPPE.


Um processo administrativo disciplinar foi instaurado para investigar a conduta do promotor que criticou o colega de trabalho. De acordo com informações da corregedoria do órgão, o profissional foi convocado a prestar esclarecimentos sobre a postagem. Ele não negou a autoria nem a veiculação dos textos. “Tampouco apresentou razões de direito capazes de afastar, de logo, a necessidade de um maior aprofundamento a respeito da questão”, diz texto assinado pelo corregedor-geral, Alexandre Augusto Bezerra.

Após a conclusão das investigações, o promotor de Justiça poderá sofrer punições, que vão de advertência ou até censura. As penalidades, consideradas mais brandas, devem ser feitas por escrito e anexadas ao histórico funcional do investigado.