quarta-feira, 16 de julho de 2025
JABOATÃO APRESENTA PLANO ESTRATÉGICO PARA REDUZIR RISCOS DE DESLIZAMENTOS E INUNDAÇÕES
ENTREVISTA COLETIVA COM SIVALDO E SANDRA ALBINO MARCA ABERTURA DA SEGUNDA SEMANA DO FIG EM GARANHUNS
SÃO JOSÉ DO EGITO VIVE EDIÇÃO HISTÓRICA DA 52ª FESTA UNIVERSITÁRIA COM PATROCÍNIO TOTAL DA PREFEITURA
A abertura oficial da festa, nesta quinta-feira (17), será marcada pela estreia do Dia Gospel, uma grande novidade que promete emocionar o público com apresentações de artistas evangélicos de destaque. Entre os nomes confirmados está Eliã Oliveira, uma das principais vozes da música cristã nordestina, além de ministérios locais que darão um tom comunitário e espiritual à primeira noite do evento.
No Pátio de Eventos, a sexta-feira (18) e o sábado (19) serão dedicados à música popular, com destaque para Jonas Esticado, Toca do Vale, Caninana, Felipe Amorim, Adriano Silva e Forró dos Bossas, nomes que prometem levantar o público com repertório animado, que vai do forró eletrônico ao piseiro, passando pelo sertanejo universitário.
Já no Barracão Universitário, o foco será a preservação da cultura tradicional, com apresentações de repentistas, declamadores, poetas populares e atrações locais que mantêm viva a essência da poesia matuta e da identidade sertaneja. O espaço receberá, por exemplo, nomes como Deca do Acordeon e os poetas Valdir Teles Filho e João Lídio, em noites que misturam música de raiz com o improviso característico da cantoria.
O domingo (20) encerra o evento com uma programação mais familiar, que deve incluir atrações locais e regionais, além de atividades culturais voltadas ao público jovem e infantil durante o dia, encerrando à noite com um show voltado à tradição nordestina, marcado por sanfona, triângulo e zabumba, como manda o autêntico forró pé-de-serra.
PERNAMBUCO EXECUTA A MAIOR OBRA DE CONTENÇÃO DE ENCOSTAS EM ÁREA URBANA DO BRASIL EM JARDIM MONTE VERDE
Desde 2023, a gestão estadual passou a priorizar áreas de alto risco com políticas públicas permanentes e estruturantes. Jardim Monte Verde passou a ser símbolo dessa virada de chave. A escolha da comunidade para receber esse tipo de obra não se deu por acaso: além de ter sido uma das mais atingidas pela tragédia climática, abriga um número expressivo de famílias vulneráveis, vivendo em morros que há décadas exigiam ação efetiva. A obra principal envolve contenção de encostas com engenharia moderna, drenagem profunda, instalação de barreiras de segurança e nova infraestrutura urbana integrada.
Mas o trabalho não se limita ao que é visível. Ao todo, o investimento previsto para o conjunto de intervenções chega a R$ 70 milhões, incluindo reurbanização, requalificação de espaços públicos, mitigação de riscos geotécnicos, melhoria do abastecimento de água e adequação edilícia. O governo também está promovendo melhorias em ruas, becos e travessas, garantindo acesso digno a moradores que antes viviam em locais inacessíveis até para socorro em emergências. O projeto contempla ainda ações sociais e ambientais que envolvem a comunidade, buscando garantir pertencimento e sustentabilidade aos resultados.A presença constante do governo no local e o cronograma firme de execução transformaram o canteiro de obras em símbolo de um novo momento. Engenheiros, operários e técnicos dividem o espaço com moradores que acompanham atentos cada etapa, muitos deles vendo pela primeira vez o Estado como agente de proteção e reconstrução. Desde a limpeza das encostas até o acabamento das estruturas, tudo é feito com cuidado e atenção à segurança das famílias. A meta, segundo a gestão, é entregar não apenas uma obra, mas uma mudança concreta no cotidiano de quem sempre esperou, sem ser ouvido.
O trauma do passado ainda ecoa nas lembranças, mas começa a ser enfrentado com um horizonte de dignidade. A aposta no planejamento, na engenharia pública e no cuidado com a vida das pessoas revela uma postura inédita, que rompe com anos de promessas não cumpridas. Jardim Monte Verde já não é mais um ponto esquecido no mapa da dor. É hoje o maior símbolo de que, com decisão política e investimento certo, é possível transformar tragédia em futuro.
STF AVANÇA PARA CONDENAR BOLSONARO ENQUANTO CÂMARA RECUA SOBRE ANISTIA
A movimentação no STF ocorre em meio a um clima de tensão internacional, acentuado pela carta recentemente enviada por Donald Trump ao governo brasileiro, em tom considerado por analistas como intimidador. No entanto, a resposta institucional do Brasil, representada pelas ações do Supremo e da Procuradoria, sinaliza que o país não está disposto a ceder a pressões externas diante da gravidade das acusações. Fontes do STF revelam que ministros da Corte já discutem a possibilidade de aplicar penas severas, não apenas a Bolsonaro, mas também a generais da reserva e figuras-chave que integravam seu círculo mais próximo.
No Congresso Nacional, o reflexo dessa tensão também foi imediato. A Câmara dos Deputados, que até a semana passada ensaiava colocar em pauta um controverso projeto de anistia para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, recuou diante do novo ambiente. O presidente da Casa, Hugo Motta, justificou a retirada da proposta afirmando que “não há clima político” para avançar com o texto, especialmente após a escalada diplomática provocada pelas ações norte-americanas e os desdobramentos judiciais internos.
Nos bastidores da Esplanada dos Ministérios, parlamentares ligados ao centrão demonstraram preocupação com a velocidade dos acontecimentos. Avaliações preliminares indicam que a insistência em discutir anistia neste momento poderia ser interpretada como afronta à independência do Judiciário. Além disso, o desgaste internacional do ex-presidente, somado à perda de apoio no Congresso e ao cerco judicial, começa a afastar antigos aliados.
Enquanto isso, movimentos sociais e entidades da sociedade civil acompanham de perto os desdobramentos e intensificam cobranças por justiça e responsabilização. Com a base jurídica fortalecida por relatórios da Polícia Federal, depoimentos de delatores e gravações sigilosas, o processo contra Bolsonaro caminha para um desfecho que pode marcar um divisor de águas na história democrática do país. A expectativa é que o julgamento seja retomado ainda neste semestre, com sessão plenária transmitida ao vivo e atenção redobrada da imprensa nacional e internacional.
TARIFAÇO DE TRUMP ELEVA IMAGEM DE LULA E DÁ FÔLEGO AO PLANALTO EM MEIO ÀS TENSÕES POLÍTICAS
A pesquisa Atlas Bloomberg divulgada nesta terça-feira mostrou um cenário inédito nos últimos meses: Lula e sua rejeição estão agora em empate técnico. A aprovação do petista subiu de 47,3% para 49,3%, enquanto a desaprovação caiu de 51,8% para 50,3%. Apesar da variação modesta, analistas destacam que o mais importante não é o avanço numérico, mas a interrupção da tendência de queda, que colocava em dúvida até mesmo a disposição de Lula disputar a reeleição em 2026. Com o novo cenário internacional, Lula foi reposicionado na opinião pública como estadista. A retórica de que o Brasil está sendo atacado economicamente por Trump devolveu ao Planalto um protagonismo político que parecia perdido.
Ao explorar o sentimento de indignação da população, o governo conseguiu reverter parte da narrativa que vinha sendo dominada pelo bolsonarismo nas redes sociais. O discurso nacionalista, antes monopolizado pela direita, foi apropriado pelo presidente, que passou a defender os interesses brasileiros frente ao que chamou de “agressão comercial” americana. Dados da mesma pesquisa mostram que 62,2% dos brasileiros consideram as tarifas impostas por Trump injustificáveis, reforçando a visão de que o Brasil está sendo alvo de retaliação injusta. Apenas 36,8% consideram as tarifas justificáveis. Essa percepção coletiva fortaleceu o posicionamento de Lula como liderança respeitada no exterior.
Na guerra de imagens, Lula também venceu. Segundo o levantamento, 61,1% dos entrevistados avaliam que ele tem uma boa imagem internacional, contra 38,8% que atribuíram esse reconhecimento a Jair Bolsonaro. Trata-se de uma inversão significativa da percepção popular, especialmente diante de um cenário eleitoral polarizado e com o ex-presidente do PL ainda aparecendo como principal adversário. Um aliado de Bolsonaro ouvido sob condição de anonimato reconheceu que, se a eleição fosse hoje, Lula sairia vencedor, mas ponderou que esse cenário pode mudar, como ocorreu nos Estados Unidos com presidentes que venceram guerras e perderam nas urnas quando os reflexos econômicos bateram à porta da população.
A avaliação de cientistas políticos, no entanto, é mais cautelosa. O efeito imediato do tarifaço é, de fato, positivo para o governo, mas o risco está nos desdobramentos econômicos a médio prazo. Caso as tarifas não sejam revertidas, o aumento do custo de exportações pode agravar a inflação e impactar diretamente o consumidor brasileiro. O risco é que o mesmo sentimento de orgulho nacional que hoje impulsiona Lula se transforme em frustração e cobrança popular. Por ora, o presidente surfa uma onda favorável, mas a travessia até 2026 será longa e, possivelmente, turbulenta.