terça-feira, 5 de agosto de 2025
ROSSINE EXPÕE A VERDADE DE PESQUEIRA E ALERTA: “NÃO SE ILUDAM COM A FALA MANSA DO PREFEITO”
IDOSO MORRE ATROPELADO E TEM CORPO ESFACELADO EM TRAGÉDIA NA BR-232 EM PESQUEIRA
GOVERNO RAQUEL SOB FOGO CRUZADO: OPOSIÇÃO AMARRA PROJETOS E ANTECIPA ELEIÇÃO
Há um evidente clima de antecipação eleitoral. Mesmo faltando mais de um ano para o pleito estadual, a disputa política já se instalou com força. Raquel, que tem buscado consolidar uma imagem de gestora técnica e moderna, vê-se às voltas com embates políticos que exigem habilidade, articulação e, sobretudo, paciência. A governadora apostou, desde o início do mandato, no diálogo institucional, inclusive com setores que não integram sua base natural. No entanto, o que se vê é uma oposição decidida a desgastar sua imagem, reduzir seus espaços e dificultar as entregas do governo. A estratégia da oposição é clara: quanto menos Raquel realizar, menor será seu capital político para o próximo ciclo eleitoral.
Além disso, alguns deputados têm usado as estruturas da Assembleia Legislativa para levantar suspeitas, ampliar narrativas de ineficiência e travar votações estratégicas. A crítica se transforma, muitas vezes, em boicote. Projetos importantes para o desenvolvimento regional e para áreas como saúde, infraestrutura e segurança ficam estagnados não por falhas técnicas, mas por entraves políticos deliberados. Nesse cenário, a governadora precisa equilibrar-se entre responder a essas pressões e manter o foco na agenda de gestão. O PSD, partido que abriga Raquel Lyra, também sente o peso dessa antecipação e começa a se organizar para o enfrentamento que se avizinha. A oposição, por sua vez, tenta criar fatos políticos semanais, polarizar o debate público e provocar desgaste constante. Essa dinâmica acende o alerta do núcleo palaciano, que sabe que governar com projetos amarrados por rivalidades legislativas é, na prática, ter sua força executiva limitada. A reação da governadora nas redes, portanto, é uma tentativa de furar esse bloqueio narrativo e recuperar protagonismo num momento em que cada palavra e cada gesto estão sendo medidos com o olhar voltado para a disputa futura.
OPINIÃO- UMA VERGONHA PARA O PT PERNAMBUCANO: DANILO CABRAL É DEMITIDO DA SUDENE
NO ESFERA, MINISTRO SÍLVIO COSTA FILHO FALARÁ SOBRE A AGENDA DA INFRAESTRUTURA NO BRASIL
FRANCISCO ALEXANDRE DEVE ASSUMIR A SUDENE EM MEIO A DISPUTA POLÍTICA NO PT E PRESSÃO POR RENOVAÇÃO NO NORDESTE
Francisco Alexandre é conhecido por sua trajetória técnica sólida e por manter relações políticas discretas, mas consistentes dentro da legenda. Atualmente, é o segundo suplente da senadora Teresa Leitão (PT), e já ocupou cargos de destaque no setor público e privado, entre eles o de diretor-superintendente da BRF Previdência, além de ter sido membro do Comitê Financeiro da Invepar S.A. e vice-presidente do Conselho de Administração da antiga Perdigão S.A., atual BRF. A escolha por um nome com experiência em gestão financeira e articulação institucional pode sinalizar uma tentativa do governo federal de conferir mais protagonismo à autarquia, num momento em que o Nordeste busca retomar investimentos estruturantes.
Nos bastidores, a substituição de Danilo Cabral ocorre em meio à tensão política entre lideranças petistas de Pernambuco e do Ceará. O governador cearense Elmano de Freitas (PT) teria pressionado o Planalto pela mudança no comando da Sudene, em articulação com setores da federação petista do seu estado. Apesar da resistência inicial do senador Humberto Costa, que chegou a defender publicamente a permanência de Danilo Cabral no cargo, a indicação de Francisco Alexandre pode ter surgido como um meio-termo capaz de manter a influência pernambucana sobre a autarquia e, ao mesmo tempo, atender aos anseios por renovação interna no órgão.
A Sudene, criada em 1959 por Celso Furtado, é responsável por coordenar políticas de desenvolvimento regional, articulando projetos de infraestrutura, atração de investimentos e financiamento público nos estados do Nordeste e parte de Minas Gerais e Espírito Santo. No entanto, ao longo dos anos, o órgão sofreu esvaziamento político e orçamentário, passando a depender mais do perfil de seu gestor para manter protagonismo no planejamento estratégico da região. A chegada de Francisco Alexandre representa não apenas uma mudança de comando, mas um novo ciclo de expectativas em torno da reestruturação da Sudene como peça-chave no redesenho das políticas públicas regionais. Ainda não se sabe se ele adotará um estilo técnico, como Danilo, ou se buscará maior visibilidade política. A nomeação, que pode sair a qualquer momento, deve ter repercussão direta na disputa por espaços dentro do PT e no futuro dos projetos de desenvolvimento da região.
DANILO CABRAL É EXONERADO DA SUDENE E AFIRMA: "A LUTA POR PERNAMBUCO É MINHA MISSÃO DE VIDA"
Em nota divulgada à imprensa e pelas redes sociais, Danilo agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, pela confiança durante o período em que esteve no comando da instituição. Sem mencionar diretamente os motivos de sua saída, o ex-superintendente destacou que sua gestão foi marcada por um momento desafiador, mas também transformador para a Sudene, e declarou que deixa o cargo com a convicção do dever cumprido. “A Sudene voltou”, afirmou enfaticamente, sugerindo que, sob sua condução, a instituição recuperou protagonismo na articulação regional.
Durante sua gestão, Danilo Cabral atuou para fortalecer a atuação da Sudene em políticas de estímulo a investimentos privados, incentivo à inovação e combate às desigualdades estruturais históricas do semiárido nordestino. Ele também foi articulador de projetos estratégicos em parceria com estados e municípios, buscando retomar o papel da autarquia como coordenadora do planejamento regional. A nota emitida nesta segunda-feira tem tom firme, mas ponderado, em que Cabral reforça o compromisso com o desenvolvimento do Nordeste e reafirma sua disposição para continuar atuando em favor da região, mesmo fora da estrutura federal.
Danilo, que foi candidato ao governo de Pernambuco em 2022 pelo PSB, retornou à cena institucional após as eleições, assumindo a superintendência como uma sinalização de prestígio político junto ao governo Lula. Nos bastidores, sua saída é interpretada como parte de um rearranjo político no segundo escalão, movido por interesses partidários, pressões regionais e ajustes na base aliada. Apesar disso, o ex-superintendente evita controvérsias e enfatiza sua gratidão à equipe da Sudene e às inúmeras manifestações de apoio que vem recebendo desde que surgiram os rumores de sua exoneração.
O tom da nota também evidencia que Cabral mantém vivo seu projeto político e que a exoneração não representa um afastamento da vida pública. Pelo contrário, o texto indica que ele pretende manter sua atuação focada em Pernambuco, sua terra natal, onde possui forte capital político e uma trajetória consolidada de militância no campo da educação, planejamento e desenvolvimento regional. Ao dizer que “a luta por Pernambuco é minha missão de vida”, Danilo reforça seu compromisso com o estado e sinaliza que continuará sendo uma voz ativa nos debates sobre políticas públicas para o Nordeste.