JOVEM ESTUDANTE DE MEDICINA DA FACULDADE DO SERTÃO MORRE APÓS CAIR DE CAVALO

A estudante de medicina Maria Clara Batista Hernandez, de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, teve a morte encefálica confirmada na manhã desta sexta-feira (3), no Hospital de Trauma de Campina Grande, na Paraíba. A jovem, que cursava a Faculdade de Medicina do Sertão, sofreu um acidente grave no último fim de semana, ao cair de um cavalo enquanto participava de uma atividade na zona rural de Monteiro, município paraibano que faz divisa com Pernambuco. Após o acidente, Maria Clara foi socorrida em estado crítico e transferida para a unidade hospitalar de referência, onde permaneceu internada em tratamento intensivo, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos na região craniana.

Segundo informações da equipe médica responsável, o protocolo exigido para a confirmação da morte encefálica foi realizado com rigor, envolvendo três avaliações clínicas que atestaram a ausência irreversível de atividade cerebral. A confirmação foi dada após todos os exames complementares necessários, seguindo as normas do Conselho Federal de Medicina para casos desse tipo. Diante do diagnóstico sem possibilidades de reversão, a família de Maria Clara, mesmo enfrentando o momento de dor e comoção, autorizou a doação dos órgãos da jovem. O gesto permitirá que pacientes que aguardam na fila de transplantes possam ter uma nova chance de vida.

Maria Clara era filha do médico Dr. Gilberto Hernandez, profissional bastante conhecido na região, que atua na área de diagnóstico por imagem, especialmente em neuroimagem. A morte precoce da estudante causou comoção entre colegas da faculdade, amigos e a comunidade médica de Arcoverde e cidades vizinhas. A Faculdade de Medicina do Sertão ainda não divulgou nota oficial, mas estudantes e professores já manifestaram solidariedade à família. Até o momento, não foram repassadas informações sobre os horários e o local do velório e do sepultamento. A expectativa é de que essas informações sejam confirmadas nas próximas horas pelos familiares. O acidente que vitimou a jovem reacendeu discussões sobre os riscos de quedas em atividades com animais de grande porte no interior nordestino. Nos serviços de saúde da região, casos semelhantes já haviam sido registrados, mas sem a mesma repercussão.