O silêncio da manhã foi interrompido por um cenário de dor e perplexidade em Sanharó, no Agreste de Pernambuco. Era por volta das primeiras horas desta quinta-feira, 29 de maio, quando moradores do bairro Padre Noval encontraram o corpo de uma jovem estendido em via pública. Logo veio a confirmação da identidade: tratava-se de Givanilda de Almeida Silva, de apenas 26 anos, cuja ausência havia sido notada pela família desde a madrugada anterior. A notícia do desaparecimento foi formalizada junto às autoridades no início da manhã, poucas horas antes da descoberta trágica. O corpo apresentava uma perfuração provocada por arma de fogo na região da cabeça, indicando execução à queima-roupa. Nenhum objeto foi encontrado próximo ao corpo que pudesse indicar uma tentativa de roubo, descartando, a princípio, latrocínio. As roupas da vítima estavam intactas, e não havia sinais visíveis de luta corporal no local. Populares que passaram pela rua ainda nas primeiras horas da manhã foram os primeiros a notar a presença do corpo e, em choque, acionaram a Polícia Militar. O trecho da rua foi isolado imediatamente para a chegada da Polícia Científica, que realizou os primeiros levantamentos periciais no local. A cena do crime estava seca, o que facilitou a coleta de vestígios, embora ainda não se tenha confirmação se há imagens de câmeras de segurança nas imediações. Familiares chegaram ao local poucos minutos depois da chegada das autoridades e foram amparados por vizinhos e agentes públicos. A morte precoce de Givanilda, descrita por conhecidos como uma mulher tranquila e reservada, lança uma sombra sobre a comunidade, que amanheceu tomada por um clima de insegurança e indignação. A Delegacia de Sanharó ficará responsável pela investigação do caso, que já iniciou a oitiva de testemunhas e coleta de dados para reconstruir as últimas horas de vida da jovem. A hipótese de feminicídio não está descartada, embora os investigadores ainda trabalhem com diferentes linhas de apuração. Até o momento, ninguém foi preso e nenhuma informação oficial aponta para suspeitos. Sanharó, que nos últimos meses vinha registrando relativa estabilidade nos indicadores de violência, agora se vê diante de mais um capítulo sombrio e doloroso que exige respostas urgentes.
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