domingo, 1 de junho de 2025

ALCKMIN EXALTA PRESENÇA DE LULA NO CONGRESSO DO PSB

A presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), realizado neste domingo (1º), em Brasília, simbolizou mais que uma aliança política: foi um gesto estratégico e de alta carga simbólica dentro do governo e da construção do projeto político para 2026. Ao lado de Lula, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), destacou o ineditismo da ocasião com uma fala carregada de significado: “Não é normal o presidente participar do congresso de um outro partido que não o seu”, afirmou, apontando para o peso institucional e político que o PSB adquiriu dentro da base governista. A fala de Alckmin foi mais do que uma constatação. Representou um gesto público de confiança e valorização da parceria entre as duas legendas, sobretudo após a reaproximação do petismo com setores mais amplos do campo progressista e democrático.

Durante seu discurso, Alckmin reforçou que a relação entre os partidos vai além da conveniência eleitoral, sendo uma aliança fundamentada na defesa da democracia, no fortalecimento das instituições e na construção de um país menos desigual. O vice-presidente foi ovacionado ao ser anunciado como novo vice-presidente nacional do PSB, consolidando sua posição de liderança não apenas na estrutura governamental, mas também na orgânica partidária. O gesto do PSB em promover Alckmin à vice-presidência nacional da legenda foi interpretado por dirigentes como um reconhecimento do papel de equilíbrio e mediação que ele desempenha tanto internamente quanto no governo federal.

O evento também marcou uma transição importante dentro do partido. Após dez anos de gestão, Carlos Siqueira deixou a presidência nacional do PSB, sendo amplamente elogiado por Alckmin, que destacou sua “dedicação incansável ao fortalecimento partidário e à democracia brasileira”. Em seu lugar, assumiu o prefeito do Recife, João Campos, nome de projeção nacional e considerado uma das principais lideranças emergentes do campo progressista. Alckmin fez questão de saudar o jovem líder pernambucano e garantir seu apoio: “Conte conosco para fazer o PSB crescer ainda mais, ajudando a nossa população”, disse, sob aplausos. João Campos, cuja gestão em Recife tem sido vista como modelo dentro do partido, assume a missão de expandir a influência do PSB em um cenário político cada vez mais fragmentado.

A participação de Lula em um evento partidário de outra legenda, especialmente com a magnitude do congresso do PSB, lança sinais importantes sobre o desenho da coalizão governista para o próximo ciclo eleitoral. Trata-se de um movimento que amplia os horizontes da governabilidade e do campo político que Lula pretende consolidar em torno de sua tentativa de reeleição. A presença conjunta de Lula e Alckmin, neste contexto, reforça a imagem de unidade e pluralidade que o Planalto deseja projetar — uma aliança que une diferentes tradições políticas sob um projeto comum. Ao mesmo tempo, o gesto mostra que o PSB não é apenas mais um partido aliado, mas um dos pilares centrais da articulação política do governo, com espaço para influenciar decisões e participar da definição de rumos estratégicos.

A cerimônia, que reuniu dezenas de dirigentes de todo o país, parlamentares, governadores e prefeitos, foi marcada por discursos em defesa da democracia, do estado de bem-estar social e do papel da política como instrumento de transformação. Em um ambiente de afirmação programática, o PSB também reiterou seu compromisso com a reconstrução do Brasil, bandeira central do governo Lula. O evento mostrou, na prática, que a aliança entre PT e PSB está mais consolidada do que nunca e pode ser determinante para os próximos embates eleitorais e institucionais que o país enfrentará.

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