Em uma sessão marcada por intensos debates políticos e forte mobilização nos bastidores, a Câmara Municipal de Olinda rejeitou, na manhã desta quarta-feira, a abertura do processo de impeachment contra a prefeita Mirella Almeida (PSD) e seu vice, Chiquinho (SD). A votação, que atraiu olhares atentos da classe política local e da população, terminou com treze votos contrários à admissibilidade da denúncia, dois a favor e duas abstenções, enterrando a tentativa de afastamento protocolada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos. O pedido, que se baseava em supostas irregularidades na condução da gestão municipal, foi considerado improcedente pela ampla maioria dos vereadores, que apontaram fragilidade na peça acusatória e ausência de elementos que justificassem a interrupção dos mandatos. Nos corredores da Casa Bernardo Vieira de Melo, aliados da prefeita celebraram o resultado como uma vitória da governabilidade, enquanto a oposição criticou o que chamou de "blindagem política". Mirella, que acompanhou os desdobramentos da votação à distância, agradeceu nas redes sociais a “confiança e o respeito ao voto popular”, reafirmando seu compromisso com a cidade. A movimentação em torno do impeachment colocou novamente Olinda no centro do tabuleiro político pernambucano, reacendendo antigas disputas entre grupos tradicionais da cidade. Mesmo derrotado, Antônio Campos indicou que seguirá insistindo em fiscalizações sobre a gestão, abrindo um novo capítulo de embates jurídicos e midiáticos que prometem manter aceso o clima político nos próximos meses. A decisão da Câmara não encerra o embate, mas reforça, por ora, a base de sustentação da prefeita, que segue no cargo respaldada pela maioria dos parlamentares.
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