CURSOS EAD CHEGAM À COLÔNIA PENAL FEMININA DO RECIFE

Cursos EAD chegam à Colônia Penal Feminina do Recife

Cursos profissionalizantes e de pós-graduação já estão acontecendo. Em agosto, serão iniciadas as graduações

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), passou a oferecer cursos profissionalizantes e de pós-graduação na modalidade de ensino a distância para as internas da Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), localizada no Engenho do Meio. As atividades acontecem no novo Laboratório de Informática, inaugurado neste mês, e integram o Programa Novos Passos da SEAP.

Nesta primeira etapa, nove detentas estão matriculadas, oito em cursos profissionalizantes e uma no MBA de Controladoria e Finanças. As aulas ocorrem de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30, e o critério de participação é a conclusão do Ensino Médio. Entre os cursos profissionalizantes estão: promotor de vendas, agente comunitário de saúde, supervisor de exploração agropecuária e bombeiro civil.

A partir de agosto de 2025, a SEAP ampliará a iniciativa com a oferta da graduação para as internas da unidade, promovendo o crescimento profissional e o acesso ao mercado de trabalho. Já existem matrículas efetivadas para as áreas de Gestão Hospitalar, Ciências Contábeis, Criminologia e Análise de Sistemas. “Eu acredito que o curso superior é uma ferramenta poderosa de transformação. Ele oferece às pessoas privadas de liberdade a chance de reconstruir suas vidas, desenvolver senso crítico e conquistar novas oportunidades", afirmou a gerente da CPFR, Maria Andrea Rego.

A ação - coordenada pela Gerência de Educação e Esportes da SEAP - é resultado do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Forma Play e a Universidade Unopar, que já atuam em outras unidades prisionais do Estado. Os dois ACTs preveem a concessão de bolsas integrais de 20% das alunas matriculadas nos cursos, que não têm condições de arcar com os custos. A indicação das pessoas beneficiadas parte da gerência prisional baseada em critérios como renda financeira, grau de interesse e participação nas atividades educacionais promovidas pela unidade prisional. Os computadores do novo laboratório da CPFR foram doados pelo Ministério Público do Trabalho e Instituto Fênix.

Foto: Divulgação/SEAP