Marília destacou que, mesmo diante das divergências ideológicas que naturalmente existem entre os integrantes da nova federação, o compromisso coletivo é o de buscar uma agenda comum de justiça social, igualdade de oportunidades e fortalecimento da democracia. “Nosso objetivo é construir um Brasil onde o local de nascimento, a raça, o gênero ou a orientação sexual não determinem o destino das pessoas. Queremos ampliar nossa representatividade no Congresso com propostas concretas para um país mais justo e inclusivo”, declarou. A ex-parlamentar também reforçou que o espaço político que a nova federação busca ocupar não é apenas quantitativo, mas de qualidade, com capacidade de mediar pautas progressistas e também dialogar com setores mais conservadores da sociedade. A direção da federação ficará sob o comando de Ovasco Resende, secretário-executivo do PRD, que assume a presidência, enquanto o deputado federal Paulinho da Força, atual presidente do Solidariedade, ficará com a vice-presidência nacional da nova estrutura.
Em Pernambuco, Marília Arraes já deu sinais claros de sua estratégia política para os próximos anos. Foi a primeira liderança partidária a manifestar apoio à candidatura do prefeito do Recife, João Campos (PSB), ao governo estadual em 2026. O gesto sinaliza uma tentativa de unir forças entre setores da esquerda e do centro em torno de um projeto comum para o estado, apostando na experiência administrativa de Campos e na herança política das famílias Arraes e Campos. A escolha de Marília como pré-candidata ao Senado também tem forte carga simbólica: trata-se de uma mulher jovem, de origem nordestina e com trajetória marcada pela defesa de pautas sociais, que volta a se apresentar nacionalmente após disputas acirradas nos últimos ciclos eleitorais. O lançamento de sua pré-candidatura num evento de construção coletiva entre diferentes correntes reforça sua tentativa de se reposicionar como uma liderança de articulação ampla, ao mesmo tempo em que reafirma seu alinhamento com o presidente Lula. O cenário eleitoral de 2026 começa, assim, a ganhar forma com articulações que envolvem tanto a renovação de alianças quanto a reconfiguração de forças políticas.
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