EMBOSCADA NA ZONA RURAL DE PESQUEIRA TERMINA EM MORTE E AUMENTA CLIMA DE INSEGURANÇA DA POPULAÇÃO DA CIDADE

Um crime brutal ocorrido na manhã deste sábado (28) chocou os moradores da zona rural de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco. A violência irrompeu no Sítio Papagaio, quando um veículo que retornava de uma entrega de materiais de construção foi interceptado por dois homens armados em uma motocicleta, culminando na morte de um dos ocupantes e ferimentos em outro.

A vítima fatal foi identificada como Alain Gutemberg de Carvalho, de 44 anos. Ele seguia por uma estrada vicinal, acompanhado de dois colegas de trabalho, quando o carro foi cercado em plena via de terra batida, em um trecho isolado da zona rural. Os suspeitos, segundo os relatos preliminares colhidos por moradores e autoridades, anunciaram um assalto, mas dispararam repetidamente contra Alain antes mesmo que qualquer reação fosse possível. Os tiros atingiram a parte dianteira do carro e vitimaram diretamente o motorista.

Um dos passageiros, que estava com ele também foi baleado durante a emboscada. Rapidamente socorrido, ele foi levado para uma unidade de saúde local. Apesar da gravidade do ocorrido, seu estado de saúde foi considerado estável e ele não corre risco de morte. O terceiro ocupante do veículo, em estado de choque, conseguiu escapar ileso fisicamente e prestou as primeiras informações à polícia.

A cena do crime foi isolada pela Polícia Militar, que chegou pouco tempo depois do atentado. O Instituto de Criminalística (IC) realizou os primeiros levantamentos no local, onde foram recolhidas cápsulas de pistola e vestígios que indicam uma ação premeditada. O corpo de Alain foi removido e encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru.

A investigação do caso está sob responsabilidade da Delegacia de Pesqueira, que busca pistas sobre os autores do crime e suas motivações. Apesar da hipótese inicial de latrocínio — roubo seguido de morte — a forma como a emboscada foi executada levanta dúvidas sobre uma possível execução direcionada. A polícia trabalha com diferentes linhas de apuração, ouvindo testemunhas e analisando câmeras de segurança em estradas próximas.

Moradores da zona rural têm relatado um aumento no número de assaltos e abordagens violentas em estradas de terra nos últimos meses, o que intensifica o medo e a sensação de abandono por parte do poder público. O episódio desta manhã reforça a preocupação de que áreas mais afastadas do centro urbano continuam vulneráveis, mesmo durante o dia. O crime expõe o avanço da criminalidade em regiões antes consideradas mais tranquilas e obriga o município a buscar soluções urgentes para reforçar a segurança pública.