O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) protagonizou um discurso marcado por indignação e solidariedade nesta segunda-feira (16), durante sessão no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Com voz firme, Feitosa condenou a prisão do ex-ministro do Turismo e aliado político Gilson Machado, apontando o episódio como um ataque que ultrapassa fronteiras ideológicas. Segundo o parlamentar, o impacto da prisão foi tão grande que provocou manifestações de apoio de diferentes espectros políticos. “Recebi inúmeras ligações, mensagens e comentários nas redes sociais de pessoas que jamais imaginaria defendendo Gilson. A prisão dele chocou até quem não compartilha do nosso projeto político”, declarou.
Durante o pronunciamento, Feitosa não economizou críticas à forma como a prisão foi conduzida e questionou os critérios legais que embasaram a medida. Ele citou o princípio jurídico segundo o qual cabe ao acusador apresentar provas, e não ao réu demonstrar inocência. “Aqui no Brasil, o ônus da prova cabe a quem acusa e não a quem se defende. É como se dissessem: ‘prove que você não fez o que eu estou dizendo que você fez’. Isso é uma inversão perigosa que ameaça a segurança jurídica”, alertou. Para ele, a prisão de Gilson Machado se enquadra em uma estratégia política de intimidação, mais do que em uma necessidade judicial fundamentada.
O deputado ainda revelou que estava ao lado de Gilson Machado um dia antes da prisão, quando ambos participavam de uma agenda política com o ex-presidente Jair Bolsonaro, no Rio Grande do Norte. Feitosa questionou se a intenção seria prender o ex-ministro diante do próprio Bolsonaro. “Será que o plano era prendê-lo ali, na frente de milhares de apoiadores e do ex-presidente, como forma de constranger e espalhar uma narrativa ainda mais sensacionalista?”, provocou. Segundo ele, a mudança de rota para cumprir compromissos em Recife pode ter impedido uma cena midiática planejada.
Ao longo do discurso, o deputado reiterou a lealdade a Gilson e ao bolsonarismo. Feitosa tem sido uma das principais vozes em Pernambuco em defesa do ex-ministro, assumindo uma postura combativa contra o que classifica como "abuso de poder" por parte do Judiciário. “Não estou falando só como amigo de Gilson, mas como cidadão e parlamentar. Estamos assistindo a um avanço preocupante de práticas que ferem garantias fundamentais. Se hoje é Gilson, amanhã pode ser qualquer um de nós”, afirmou, provocando reações entre os presentes.
Feitosa reforçou que a mobilização em defesa de Gilson não será pontual. Para ele, o caso simboliza uma batalha maior por liberdade de expressão, garantias individuais e respeito às instituições democráticas. O parlamentar finalizou dizendo que permanecerá firme ao lado dos aliados e que espera que a Justiça reveja os rumos que está tomando.
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