sexta-feira, 13 de junho de 2025

"OPOSIÇÃO TEM DOIS PESOS, E DUAS MEDIDAS" DIZ DE DÉBORA ALMEIDA

Débora Almeida critica oposição na Alepe e acusa uso de dois pesos e duas medidas em tramitação de projetos
A deputada estadual Débora Almeida (PSDB) elevou o tom ao comentar a postura da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) durante entrevista concedida à Rádio Folha 96,7 FM, na manhã da quarta-feira (12). Aliada próxima da governadora Raquel Lyra (PSDB), Débora não poupou críticas ao comportamento dos parlamentares oposicionistas, que segundo ela têm adotado uma estratégia deliberada de atraso na análise e votação de projetos do Executivo estadual, ao mesmo tempo em que demonstram celeridade incomum quando se trata de matérias ligadas à gestão anterior, comandada pelo PSB.

De acordo com a parlamentar tucana, a falta de equilíbrio no tratamento das pautas deixa clara uma postura parcial e politicamente orientada. O caso mais emblemático, segundo ela, é o da autorização de um empréstimo solicitado pelo Governo do Estado com o objetivo de financiar obras estruturadoras em diversas regiões de Pernambuco. A proposta tramita na Alepe, mas enfrenta resistência de parlamentares da oposição, que alegam a necessidade de mais informações antes de autorizar a operação financeira. Para Débora, esse discurso é uma desculpa para travar iniciativas importantes da atual administração.

Em contrapartida, a deputada destacou que as contas do governo anterior, que cobrem um período de seis anos, foram apresentadas à Assembleia, distribuídas nas comissões e discutidas em tempo recorde, com pouca ou nenhuma exigência de informações adicionais. Esse contraste de tratamento, na avaliação dela, revela uma estratégia de duplo critério adotada por setores que resistem em aceitar o novo momento político do Estado. “Eu vejo ali dois pesos e duas medidas”, afirmou com firmeza a deputada durante a entrevista.

Débora Almeida, que integra a base governista, ressaltou ainda que o empréstimo pretendido pelo Executivo não é voltado para ações pontuais, mas para investimentos estruturais em áreas como infraestrutura viária, mobilidade urbana, abastecimento hídrico e melhoria dos serviços públicos. A demora na autorização, segundo ela, compromete o calendário de obras e impede que a população sinta os efeitos positivos do novo modelo de gestão proposto por Raquel Lyra. “Quando se trava um empréstimo dessa natureza, quem perde não é o governo, é o povo pernambucano”, alertou.

Ela também lamentou que o ambiente político na Assembleia esteja contaminado por uma lógica de revanchismo, na qual a disputa entre grupos adversários prevalece sobre a responsabilidade institucional. Sem citar nomes, a deputada sugeriu que lideranças da oposição agem não com base no mérito das propostas, mas no cálculo político e eleitoral. Segundo ela, o momento exige grandeza, diálogo e visão de futuro, e não atitudes que travam o desenvolvimento do Estado.

A entrevista da parlamentar repercutiu entre outros deputados da base governista, que compartilharam das críticas feitas por Débora e reforçaram a necessidade de dar celeridade à votação de projetos estratégicos para Pernambuco. Nos bastidores da Alepe, o clima é de crescente tensão entre governo e oposição, com embates cada vez mais frequentes em torno da pauta econômica. A fala da deputada reforça a percepção de que, além dos debates técnicos, o Legislativo pernambucano enfrenta um cenário de polarização que pode impactar diretamente na eficiência das decisões que afetam milhões de cidadãos.

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