'Passageiro reborn' vira tática contra assaltos, mas gera consequências; entenda
Uma nova tática de segurança tem se popularizado entre motoristas que dirigem sozinhos em em meio ao trânsito das grandes cidades: o “passageiro reborn”. Trata-se de um boneco inflável que fica no banco do carona e simula a presença de um acompanhante para confundir a ação de criminosos.
Mesmo que traga uma sensação de segurança, a prática traz um alerta importante: o uso indevido do boneco pode gerar multas pesadas e pontos na carteira.
Conheça Wilson, o 'guarda-costas' que infla na hora
"Wilson" é o modelo mais popular, criado pelo artista plástico Roberto 'Juca' Amaral. O boneco possui a aparência de um homem de meia-idade com um rosto sério, e possui uma bomba elétrica que o infla de forma rápida usando a tomada 12V do carro. Ele é vendido por R$ 690 (até R$ 450 em promoções), tornando-se um forte aliado para mulheres e motoristas de frete que dirigem sozinhos.
De acordo com o criador no site do produto, "ele tem um formato anatômico e uma aparência realista que enganam os olhos dos bandidos". A lógica não é oferecer proteção física, mas psicológica. "Mesmo que ele não seja um segurança, o Wilson traz uma confiança. Várias mulheres me relatam que elas não ficam naquela ansiedade", afirma Juca Amaral ao UOL.
Da faixa exclusiva à multa por falta de cinto
No entanto, a criatividade também pode ser utilizada para fins ilegais. Existem relatos de motoristas que usam os bonecos para circular de forma indevida nas faixas exclusivas para veículos com mais de uma pessoa. Esse tipo de prática é considerada infração gravíssima, com multa e sete pontos na CNH.
A tendência do uso de bonecos realistas para tirar vantagem não é algo recente. Tramita na Câmara dos Deputados, um projeto de lei que busca multar quem utiliza os famosos “bebês reborn” para ter atendimento preferencial em filas, hospitais e assentos de transporte público.
No entanto, o maior risco para quem usa o tal “passageiro reborn” prezando pela segurança é ter uma multa inesperada. Caso um agente de trânsito confunda o boneco com uma pessoa e ele não estiver usando o cinto, o motorista pode ser autuado.
O especialista em trânsito Marco Fabricio Vieira alerta que "se algum agente de trânsito confundir o companheiro inflável com um ser humano de carne e osso, a ausência do uso do cinto pelo boneco pode render uma bela multa por infração grave". Desta maneira, a brincadeira pode custar cinco pontos na carteira do condutor
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