Lealdade em tempos difíceis: Coronel Alberto Feitosa demonstra apoio incondicional a Gilson Machado durante prisão
No turbulento cenário político nacional, em que alianças são frequentemente testadas pela pressão pública e pela Justiça, um gesto chamou a atenção no meio bolsonarista de Pernambuco: a fidelidade demonstrada pelo deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) ao ex-ministro do Turismo e pré-candidato à Prefeitura do Recife, Gilson Machado Neto. Desde os primeiros momentos da prisão de Gilson, determinada no bojo da operação da Polícia Federal contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, Feitosa não apenas defendeu publicamente seu correligionário como também foi além do discurso, adotando uma postura rara entre políticos em momentos de crise.
O parlamentar foi o único membro da Assembleia Legislativa de Pernambuco presente fisicamente no Cotel (Centro de Observação e Triagem Everardo Luna), em Abreu e Lima, onde Gilson esteve detido por alguns dias. A imagem de Feitosa à porta da penitenciária, em silêncio, esperando a liberação do aliado, marcou profundamente os bastidores da política local. Não houve aparatos de mídia, discursos inflamados ou clamor partidário — apenas o gesto silencioso de um companheiro de luta que optou por permanecer ao lado mesmo na hora mais delicada.
Feitosa, que compartilha com Gilson uma trajetória de alinhamento ao bolsonarismo e à pauta conservadora, declarou em entrevistas que o momento não era de “apontar dedos ou fazer julgamentos precipitados, mas de demonstrar solidariedade a um homem público que dedicou sua vida à defesa do Brasil”. Segundo o deputado, sua presença foi motivada por “valores pessoais e lealdade, algo que infelizmente tem se tornado escasso na política contemporânea”.
Nos bastidores, aliados de Gilson Machado destacaram a postura de Feitosa como “honrosa” e “corajosa”, sobretudo em um momento em que muitos preferem se afastar para evitar desgastes com a opinião pública. Políticos próximos ao ex-ministro avaliaram que o gesto de Feitosa deve ter impacto simbólico importante na construção da narrativa de campanha de Gilson, especialmente entre os eleitores mais fiéis do ex-presidente Bolsonaro.
Embora ainda em fase de reestruturação política após o episódio, Gilson tem mantido sua pré-candidatura à Prefeitura do Recife e conta com o apoio irrestrito de Feitosa nessa jornada. A relação entre os dois, que já era forte, se estreita ainda mais após esse episódio, criando uma imagem de confiança mútua que poderá render frutos no embate eleitoral que se aproxima.
Além do aspecto pessoal, o gesto de Feitosa também tem leitura estratégica. Ele se consolida como uma das principais vozes do bolsonarismo em Pernambuco, reforçando seu nome como possível coordenador da campanha de Gilson no Recife. Essa fidelidade pode render dividendos políticos a ambos, principalmente se Gilson conseguir reverter o impacto da prisão e recuperar o protagonismo eleitoral.
Em um tempo de alianças frágeis, o gesto de Coronel Feitosa vai além da política tradicional. Ele simboliza uma lealdade rara, construída não apenas em palanques, mas forjada também nos momentos mais difíceis. E isso, num cenário de tanta volatilidade, pode se tornar um dos maiores ativos políticos da direita pernambucana em 2025.
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