A primeira noite do São João de Petrolina, realizada nesta sexta-feira (13), se transformou em um verdadeiro palco político de alcance nacional. O evento, que já é tradicionalmente um dos maiores do Nordeste, atraiu não apenas uma multidão de forrozeiros, mas também lideranças políticas de diferentes regiões e espectros partidários. No centro das atenções, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), destacou-se não apenas pelo cargo que ocupa, mas pela maneira como foi recebido e abordado pelo público e por lideranças presentes, reforçando a leitura de que seu nome está em franca ascensão rumo à disputa pelo Governo de Pernambuco em 2026.
A comitiva política presente no Pátio Ana das Carrancas impressionava. Além do anfitrião Simão Durando (União Brasil), prefeito de Petrolina, estavam presentes os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos-PB), além do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos). Também marcou presença o ex-prefeito da cidade e atual presidente estadual do União Brasil, Miguel Coelho, que demonstrou entrosamento com as principais lideranças presentes, revelando o peso que o São João de Petrolina assumiu como ponto de convergência entre política e cultura.
João Campos foi um dos primeiros a chegar ao camarote oficial e rapidamente passou a circular entre os convidados e autoridades. Acompanhado da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), foi visto em conversas reservadas e duradouras com Davi Alcolumbre e Hugo Motta, sinalizando um trânsito fluido entre as mais altas esferas do Congresso Nacional. O tom das conversas era amistoso e de troca de impressões sobre o momento político, com destaque para o cenário de Pernambuco e os movimentos de médio prazo em direção a 2026. João, que vem mantendo uma agenda intensa pelo interior do estado, parece calibrar cada gesto com o objetivo de consolidar sua imagem fora da Região Metropolitana do Recife.
No entanto, o comportamento do público reforçou uma faceta já conhecida do prefeito recifense: sua popularidade crescente. Durante boa parte da noite, João foi cercado por populares que buscavam fotos, selfies e até autógrafos, comportamento mais comum em grandes figuras públicas e artistas. A desenvoltura com que lida com essas abordagens, aliada a uma presença física cada vez mais constante nos grandes eventos do estado, projeta uma imagem pública forte, algo que pesa significativamente em disputas majoritárias, especialmente em estados de dimensão continental como Pernambuco.
A escolha de Petrolina para mais uma aparição estratégica de João Campos não foi casual. A cidade é um dos principais redutos da oposição ao PSB e tem histórico recente de protagonismo político, especialmente após a ascensão de Miguel Coelho ao cenário estadual. A presença de João, ao lado de nomes com forte influência nacional, revela um movimento calculado: sinalizar que ele está pronto para disputar o comando do estado com autoridade e respaldo. A recepção calorosa, tanto da população quanto das lideranças locais e nacionais, sinaliza que o caminho está sendo pavimentado com cuidado e habilidade.
Em meio ao forró, às bandeirolas e aos shows no pátio lotado, a festa junina cumpriu mais uma vez um papel além do cultural: tornou-se um grande encontro político onde alianças são desenhadas, estratégias ajustadas e imagens projetadas. E João Campos, com seu carisma e articulação política, parece estar no compasso certo dessa dança.
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