O Partido Social Democrático (PSD) vive um momento de franca ascensão em Pernambuco, embalado pelo fortalecimento político da governadora Raquel Lyra. Desde que assumiu o comando do Executivo estadual, Raquel não apenas ampliou sua base de apoio, mas também influenciou diretamente o redesenho do mapa partidário no estado. O movimento mais visível dessa reconfiguração tem sido a debandada de prefeitos de outras siglas, sobretudo do PSB, em direção ao PSD. Essa movimentação, que tem ganhado intensidade nos últimos meses, resultou na impressionante marca de 67 prefeitos filiados ao partido, consolidando o PSD como uma das principais forças municipais em Pernambuco.
A troca de legendas tem ocorrido de forma silenciosa, mas constante. Prefeitos antes alinhados ao projeto político do prefeito do Recife, João Campos, começam a rever suas estratégias diante da força crescente do grupo liderado por Raquel Lyra. Só nos últimos dias, ao menos três gestores municipais que eram do PSB pediram desfiliação e migraram para o PSD, movimento interpretado como sinal de descontentamento com a condução interna do partido e de aposta na liderança da governadora. Esse rearranjo não se limita ao PSB. O MDB também tem sofrido baixas expressivas. A derrota do deputado estadual Jarbas Filho na disputa interna da sigla e a vitória de Raul Henry, secretário de Relações Institucionais do Recife e aliado direto de João Campos, provocou um efeito dominó: prefeitos que até então sustentavam o MDB em suas cidades resolveram buscar abrigo em outra legenda, e o PSD tem sido o destino natural.
Com o reforço de quadros relevantes, o PSD tornou-se um espaço de convergência para políticos que pretendem disputar as eleições de 2026 com o aval do Palácio do Campo das Princesas. O partido é comandado nacionalmente pelo ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, e tem como uma de suas principais figuras no estado a vice-governadora Priscila Krause, que também vem ampliando sua influência entre os prefeitos e vereadores do interior. O fortalecimento da legenda tem sido acompanhado de perto por lideranças municipais que desejam garantir viabilidade eleitoral nas próximas disputas. A expectativa dentro do próprio partido é que, até o fim do ano, o número de prefeitos filiados ao PSD supere a marca dos 100, resultado de um trabalho articulado entre o Palácio e os articuladores regionais.
Os números do PSD são reflexo de uma estratégia bem definida: consolidar uma base robusta de prefeitos em todas as regiões do estado, garantindo musculatura política para os embates futuros. Essa estratégia passa, entre outros fatores, pelo oferecimento de apoio institucional aos municípios, abertura de diálogo com o governo estadual e pela sinalização clara de que o PSD será o principal canal político da gestão Raquel Lyra. A força da legenda tem se manifestado não apenas na quantidade de filiações, mas também na qualidade das lideranças que vem atraindo. Entre os novos filiados, estão gestores bem avaliados, com boa penetração popular e que comandam municípios estratégicos para o cenário político de Pernambuco.
Nos bastidores, já se comenta que o PSD será o principal ponto de partida para quem pretende disputar uma vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados nas eleições de 2026. Com a crescente adesão de prefeitos e o fortalecimento de suas bases municipais, o partido se posiciona como uma espécie de vitrine do projeto político da governadora, reunindo quadros comprometidos com a sua gestão e com seu futuro político. A expectativa é que essa adesão em massa também traga dividendos eleitorais expressivos, inclusive nas disputas proporcionais. A atuação articulada de nomes como André de Paula e Priscila Krause tem sido fundamental para manter a coesão interna da legenda e garantir que o PSD cresça de maneira organizada, absorvendo lideranças de diversos espectros ideológicos, mas alinhadas ao projeto político de Raquel Lyra.
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