terça-feira, 15 de julho de 2025
GOVERNO TRUMP ELEVA O TOM CONTRA LULA E ALEXANDRE DE MORAES E PROMETE “CONSEQUÊNCIAS”
Em um gesto incomum e de forte repercussão internacional, o governo de Donald Trump, que se prepara para disputar novamente a presidência dos Estados Unidos em novembro, usou suas redes oficiais nesta segunda-feira (14) para lançar duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A manifestação partiu do subsecretário para Diplomacia Pública do Departamento de Estado norte-americano, Darren Beattie, e foi publicada no perfil oficial do governo norte-americano na rede X, antiga Twitter. Segundo o comunicado, o presidente Donald Trump determinou “consequências há muito aguardadas” contra o que chamou de abusos cometidos pelo governo brasileiro e pelo STF, especificamente na figura de Moraes, apontando como justificativas os ataques à liberdade de expressão, perseguições políticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e barreiras comerciais com os Estados Unidos. A publicação marca um novo e tenso capítulo na já delicada relação diplomática entre os dois países, especialmente considerando o histórico de afinidade entre Trump e Bolsonaro. Beattie, que ocupa uma função estratégica ligada à comunicação internacional e à promoção de interesses americanos no exterior, afirmou que os Estados Unidos seguirão monitorando de perto a situação no Brasil. O texto da nota classifica as ações do governo Lula e do Judiciário brasileiro como “vergonhosas” e “indignas das tradições democráticas do Brasil”, em um tom que rompe com o protocolo diplomático usual e que pode provocar reações do Itamaraty. A ofensiva norte-americana foi divulgada justamente no dia em que a Procuradoria-Geral da República deve apresentar as alegações finais no processo em que Jair Bolsonaro figura como réu por tentativa de golpe de Estado em 2022, o que confere à nota um simbolismo ainda mais forte. Embora Trump esteja fora da presidência desde 2021, sua pré-campanha à Casa Branca tem mobilizado apoios entre lideranças conservadoras ao redor do mundo, e o gesto pode ser interpretado como uma sinalização política para suas bases, tanto nos EUA quanto no Brasil. A menção direta a Alexandre de Moraes também reforça a linha adotada por Trump de confrontar instituições judiciais, assim como fez em seu próprio país. A reação brasileira ainda não foi divulgada oficialmente, mas o episódio já repercute fortemente entre especialistas em relações internacionais, que veem no posicionamento norte-americano um possível prenúncio de tensão diplomática caso Trump retorne ao poder.
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