Seráfico, que pilotava o barco no momento do acidente, chegou à delegacia acompanhado de sua advogada, Giselle Hoover, e evitou contato com a imprensa. A oitiva do médico foi conduzida pela equipe da Polícia Civil responsável pela apuração do caso, que ainda está em andamento. O advogado de defesa, Ademar Rigueira, afirmou que o depoimento transcorreu dentro da “normalidade esperada” e que seu cliente respondeu a todas as perguntas formuladas pela autoridade policial, reforçando seu compromisso de colaborar com as investigações.
Segundo a versão apresentada pela defesa, o casal saiu para velejar em uma área considerada “extremamente protegida”, com profundidade estimada em cerca de 1,5 metro. Durante a navegação, Seráfico teria enfrentado dificuldades ao tentar fazer uma curva, momento em que a embarcação perdeu força, foi empurrada pelo vento e acabou virando. De acordo com os relatos, os dois permaneceram juntos por cerca de duas horas após o naufrágio, tentando resistir à força da maré nas proximidades do paredão do Porto de Suape.
Em depoimento anterior à imprensa, o advogado Ademar Rigueira havia detalhado a dinâmica do acidente, afirmando que, ao se aproximarem das pedras, Seráfico alertou a companheira para tentar se agarrar no paredão caso fossem empurrados pela correnteza. O médico só teria perdido o contato visual com Maria Eduarda após bater com a testa violentamente contra o paredão. A partir desse momento, não viu mais a namorada nem a cadela. A pancada o deixou atordoado, e ele foi posteriormente resgatado com vida. A tragédia causou grande comoção nas redes sociais e entre colegas da vítima, que era conhecida no meio jurídico pernambucano.
A Polícia Civil segue analisando os elementos reunidos, entre depoimentos, laudos e registros do local do naufrágio. A expectativa é de que as investigações avancem nos próximos dias, à medida que novos detalhes forem apurados e eventuais responsabilidades definidas.
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