A liderança do PSDB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) voltou a ser marcada por disputas internas e decisões judiciais. O juiz da 16ª Vara Cível anulou a indicação feita pelo presidente estadual do PSDB, deputado Álvaro Porto, para que o recém-filiado Diogo Moraes assumisse a liderança da bancada. A decisão se baseia no estatuto do partido, que determina que um parlamentar só pode ocupar o cargo após 30 dias de filiação.
Com a medida, Débora Almeida reassumiu oficialmente a liderança, retomando o comando das articulações e estratégias do partido na Alepe. A indicação de Diogo Moraes, feita por Álvaro Porto, havia sido interpretada como um movimento para fortalecer o recém-filiado em posição de destaque na Casa.
O que chama atenção é que, até agora, Álvaro Porto não recorreu ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), mantendo a decisão judicial e consolidando, temporariamente, o retorno de Débora Almeida à liderança. A ausência de recurso evidencia a força da determinação judicial e a fragilidade da tentativa de antecipar a liderança de Diogo.
Nos bastidores, aliados de Diogo Moraes estudam alternativas para tentar reverter a decisão, enquanto Débora Almeida reforça sua presença nas reuniões da bancada, garantindo a continuidade das pautas estratégicas do PSDB. A liderança é considerada essencial para a articulação política do partido, especialmente em um momento que antecede eleições municipais e estaduais.
Especialistas em direito partidário explicam que a regra dos 30 dias de filiação visa assegurar que novos integrantes compreendam os compromissos internos e a linha política do partido. A tentativa de antecipar a liderança de Diogo Moraes configurou irregularidade que motivou a ação judicial.
Dentro da bancada, a decisão é vista como uma vitória para a governabilidade interna e para a previsibilidade na ocupação de cargos estratégicos. Ao mesmo tempo, expõe tensões entre a direção estadual e parlamentares experientes, que buscam respeitar normas internas e manter equilíbrio político.
O episódio também destaca a influência de Álvaro Porto na escolha de lideranças e a relação entre novos filiados e veteranos do PSDB. Analistas afirmam que o movimento evidencia um partido atento à consolidação de poder, mas que precisa equilibrar decisões com o estatuto e a legislação vigente.
A expectativa agora gira em torno de uma possível ação futura do deputado Álvaro Porto, que até o momento optou por não recorrer, reforçando o retorno de Débora Almeida e deixando a liderança da bancada indefinida apenas no plano estratégico.
Enquanto isso, o PSDB segue observando atentamente a movimentação interna, com aliados de ambos os lados articulando posições para fortalecer suas influências dentro da bancada e no cenário político estadual.
O caso evidencia como regras internas, aparentemente simples, como o prazo de 30 dias para ocupação de cargos, podem se tornar centrais em disputas políticas, alterando o equilíbrio de forças dentro do PSDB em Pernambuco.
Débora Almeida retoma a liderança em um momento estratégico, consolidando seu papel na Alepe e mantendo a atuação do partido alinhada com as diretrizes internas e com as pautas políticas estaduais.
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