quarta-feira, 27 de agosto de 2025

COLUNA POLÍTICA | ELEIÇÕES 2026 | NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

FIQUE SABENDO QUE A MAIORIA ABSOLUTA NA ALEPE JÁ TEM DONO
A MATEMÁTICA DO PODER

A política pode até parecer imprevisível para muitos, mas na lógica fria dos números a conta já está praticamente feita. Pernambuco terá, a partir de 2026, uma Assembleia Legislativa dominada por cinco legendas: PSB, Federação PT/PV/PCdoB, PP, PSD e Podemos. O cálculo dos analistas é claro: de 48 vagas, ao menos 37 já estão asseguradas para esse bloco. Isso significa que quase não haverá espaço para os demais partidos. A eleição de 2026 se desenha como a mais acirrada da história recente. Vamos passar um pouco dessa matemática aqui NA LUPA. 

O PESO DO PSB
O Partido Socialista Brasileiro continua sendo a maior força política de Pernambuco. Mesmo após as turbulências e disputas internas, o PSB deve eleger, no mínimo, nove deputados estaduais. O número consolida o partido como o maior da Casa, sustentado pela estrutura de João Campos, pela máquina do Recife e por sua capilaridade histórica no interior. A legenda segue como protagonista e puxa, sozinha, quase um quinto das cadeiras disponíveis na Alepe.

A FEDERAÇÃO DE ESQUERDA
Outro bloco com peso garantido é a federação formada por PT, PV e PCdoB. Juntos, os partidos devem conquistar pelo menos seis cadeiras. O apoio do governo Lula, a força sindical e os movimentos sociais garantem base eleitoral sólida. Ainda que não sejam majoritários, terão papel decisivo nas votações, principalmente quando se aliarem ao PSB. Essa força coloca a federação como peça-chave nas negociações políticas, mantendo viva a tradição da esquerda organizada no Estado.

O PODER DO PP
O Progressistas, comandado por figuras tradicionais e com forte estrutura no interior, deve repetir o desempenho das últimas eleições. A expectativa é de pelo menos nove cadeiras, o que coloca o partido em pé de igualdade com o PSB em termos de bancada. A legenda tem ampliado espaço em municípios estratégicos, aliando pragmatismo político com estrutura financeira. O PP se consolida como um dos partidos mais competitivos da Alepe, sempre com foco na força do voto interiorano.

O ESPAÇO DO PSD E DO PODEMOS
Tanto o PSD quanto o Podemos devem eleger seis deputados cada um, segundo as projeções. São legendas que cresceram muito nos últimos anos, atraindo prefeitos, vereadores e lideranças regionais. O PSD, com forte articulação nacional e proximidade com governadores, encontra terreno fértil em Pernambuco. Já o Podemos carimbado pro apoio de Raquel Lyra a Marcelo Gouveia, aposta em nomes com apelo popular e discurso pragmático. Ambos são partidos que já nascem grandes para 2026, ocupando espaço antes restrito a siglas mais tradicionais. Nessa temática a governadora faria de cara 12 deputados nas duas siglas. 

O RESTO DA PIZZA
Sobrará pouco para os demais partidos. Apenas 12 vagas estarão disponíveis para siglas como PL, PSDB, Avante, Novo e PSOL, segundo analistas ouvidos. A briga será feroz, com candidatos precisando de votações expressivas para entrar. Esse número, no entanto, pode cair ainda mais com a abertura da janela partidária em março de 2026, quando deputados poderão mudar de partido sem perder o mandato. Isso pode reforçar ainda mais o domínio do bloco majoritário.

A ELEIÇÃO MAIS DIFÍCIL
O que se desenha é uma eleição sem espaço para amadores. Será, segundo os analistas, a disputa mais difícil da história da Assembleia Legislativa. Quem não estiver nos grandes blocos terá que enfrentar verdadeiras muralhas para conseguir uma cadeira. A margem de erro para os partidos menores é mínima, e a fragmentação tende a punir legendas sem estrutura. Os números mostram que a concentração de poder partidário será ainda mais intensa.

O JOGO DO FUTURO
O cenário revela uma tendência de concentração e fortalecimento das grandes legendas em detrimento dos pequenos partidos. Pernambuco, mais uma vez, segue a lógica nacional: quem tem estrutura, tempo de TV, fundo eleitoral e prefeitos aliados larga na frente. A matemática não falha. A Assembleia Legislativa de 2026 será dominada por PSB, PT, PP, PSD e Podemos. Para os demais, restará lutar por sobras, em uma guerra política que promete ser tão dura quanto inédita. É isso aí. 

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