Uma nova pesquisa eleitoral divulgada neste sábado (30) pelo Instituto Conecta trouxe números que movimentam os bastidores da política pernambucana e indicam que a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas em 2026 pode não ser tão tranquila para o PSB como parecia há alguns meses.
De acordo com o levantamento, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), segue na liderança com 52% das intenções de voto. A governadora Raquel Lyra (PSD), no entanto, apresenta um crescimento expressivo e aparece com 31%. Em relação à última pesquisa, Raquel avançou 10 pontos percentuais, resultado que evidencia o impacto de sua estratégia de governo, marcada pela intensificação de obras e entregas em todas as regiões do Estado.
O levantamento ainda mostra Eduardo Moura (Novo) com 4% e o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL) com 3%. Brancos e nulos somam 8%, enquanto 5% dos entrevistados afirmaram não saber ou não responderam. A pesquisa foi realizada entre os dias 22 e 25 de agosto e divulgada pelo Blog do Jamildo.
Em um cenário de confronto direto, João Campos teria 53% contra 34% de Raquel Lyra, com 9% de brancos e nulos e 4% de indecisos. Ainda que o socialista mantenha uma vantagem confortável, a curva de crescimento da governadora chama atenção e já começa a preocupar os aliados de Campos.
Nos bastidores, a avaliação é de que a estratégia de Raquel — de percorrer o Estado com o programa Ouvir para Mudar, inaugurar estradas, escolas e hospitais, além de fortalecer sua presença em regiões estratégicas como o Agreste e o Sertão — tem surtido efeito no imaginário popular. A gestora aparece como protagonista em agendas administrativas que se confundem com ações de pré-campanha.
Enquanto o PSB ainda comemora a força de João Campos no cenário estadual, o PSD aposta no fôlego de Raquel para encurtar a distância. Analistas lembram que, há pouco mais de um ano, a disputa parecia definida em favor dos socialistas. Hoje, com a guinada de 10 pontos da governadora, o jogo se mostra mais aberto e sujeito a mudanças até 2026.
A pesquisa revela que o eleitorado pernambucano começa a perceber a disputa como mais competitiva, sinalizando que o volume de entregas do governo pode equilibrar as forças. O quadro aponta para uma campanha intensa e com grandes desafios para os dois principais protagonistas da corrida sucessória.
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