quarta-feira, 6 de agosto de 2025

RENATO ANTUNES ACUSA OPOSIÇÃO DE USAR CPI PARA FINS ELEITORAIS E DENUNCIA “PIROTECNIA POLÍTICA” NO CASO DO CONTRATO DE PUBLICIDADE DO GOVERNO RAQUEL LYRA

A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os contratos de publicidade do Governo Raquel Lyra se tornou novo ponto de tensão entre base e oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O deputado estadual Renato Antunes (PL) reagiu com firmeza à iniciativa, classificando o pedido de CPI como uma tentativa explícita de exploração político-eleitoral, sem sustentação jurídica concreta. Em tom crítico, o parlamentar afirmou que a oposição tenta capitalizar um suposto escândalo onde sequer há um fato determinado ou denúncia formalizada nos órgãos de controle. Para ele, o episódio é mais uma demonstração do que classificou como "desespero da oposição em busca de palco".

Renato ironizou o requerimento da deputada Dani Portela (PSOL), que reuniu apoio de 18 deputados e questionou a legalidade da iniciativa. "Para que se abra uma CPI, é preciso haver um fato específico, algo documentado e delimitado. Não podemos transformar suposições ou rumores em processos investigativos oficiais. Alguém pode, por favor, apontar qual é o fato determinado nesse caso?", disse, reforçando a ausência de elementos objetivos que justifiquem a medida. Segundo o parlamentar do PL, a articulação revela mais sobre os objetivos políticos da oposição do que sobre qualquer real interesse em esclarecer os contratos de mídia do governo estadual.

Ao comentar os desdobramentos da proposta, Renato afirmou que a governadora Raquel Lyra virou alvo de um esforço articulado para desgastá-la politicamente, numa prévia do embate eleitoral que se desenha para 2026. Segundo ele, o problema não é apenas o ataque a Raquel, mas o que chamou de “dano institucional causado à imagem do estado de Pernambuco”, provocado por narrativas plantadas sem qualquer base técnica ou processual. Em sua visão, a CPI é usada como instrumento de desestabilização e serve apenas ao objetivo de unir opositores em torno de uma bandeira comum contra o PSDB no estado.

Com críticas duras, Antunes afirmou que a Assembleia Legislativa não pode ser usada como palco de encenação eleitoral e alertou para o risco de banalização do instrumento das CPIs. “Não é plausível querer fazer oposição com fígado”, disparou, em alusão ao que considera uma conduta emocional e pouco técnica por parte dos adversários. Ele também disse que o uso político da CPI compromete o próprio debate público, substituindo a razão pela retórica do escândalo. “Se qualquer denúncia vaga virar CPI, vamos precisar abrir comissões para todos os contratos assinados pelos governos passados nas duas últimas décadas”, ironizou. “E que tragam café, porque o espetáculo vai ser longo”, completou, reforçando o tom de crítica à suposta tentativa de transformar o Parlamento em palco de espetáculo.

Nos bastidores, aliados de Raquel Lyra interpretam a movimentação da oposição como parte de uma estratégia para articular palanques regionais e consolidar forças contra a atual gestão estadual. A CPI, nesse contexto, serviria como símbolo de mobilização e como munição para o discurso da oposição em diversos municípios. Ainda assim, figuras como Renato Antunes têm se colocado como linha de frente da defesa institucional do governo, reforçando que a base aliada não aceitará o uso da estrutura do Legislativo como ferramenta de desestabilização. Para ele, a política precisa ser feita com responsabilidade e compromisso com a verdade, sob pena de se transformar em caricatura.

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