Renato ironizou o requerimento da deputada Dani Portela (PSOL), que reuniu apoio de 18 deputados e questionou a legalidade da iniciativa. "Para que se abra uma CPI, é preciso haver um fato específico, algo documentado e delimitado. Não podemos transformar suposições ou rumores em processos investigativos oficiais. Alguém pode, por favor, apontar qual é o fato determinado nesse caso?", disse, reforçando a ausência de elementos objetivos que justifiquem a medida. Segundo o parlamentar do PL, a articulação revela mais sobre os objetivos políticos da oposição do que sobre qualquer real interesse em esclarecer os contratos de mídia do governo estadual.
Ao comentar os desdobramentos da proposta, Renato afirmou que a governadora Raquel Lyra virou alvo de um esforço articulado para desgastá-la politicamente, numa prévia do embate eleitoral que se desenha para 2026. Segundo ele, o problema não é apenas o ataque a Raquel, mas o que chamou de “dano institucional causado à imagem do estado de Pernambuco”, provocado por narrativas plantadas sem qualquer base técnica ou processual. Em sua visão, a CPI é usada como instrumento de desestabilização e serve apenas ao objetivo de unir opositores em torno de uma bandeira comum contra o PSDB no estado.
Com críticas duras, Antunes afirmou que a Assembleia Legislativa não pode ser usada como palco de encenação eleitoral e alertou para o risco de banalização do instrumento das CPIs. “Não é plausível querer fazer oposição com fígado”, disparou, em alusão ao que considera uma conduta emocional e pouco técnica por parte dos adversários. Ele também disse que o uso político da CPI compromete o próprio debate público, substituindo a razão pela retórica do escândalo. “Se qualquer denúncia vaga virar CPI, vamos precisar abrir comissões para todos os contratos assinados pelos governos passados nas duas últimas décadas”, ironizou. “E que tragam café, porque o espetáculo vai ser longo”, completou, reforçando o tom de crítica à suposta tentativa de transformar o Parlamento em palco de espetáculo.
Nos bastidores, aliados de Raquel Lyra interpretam a movimentação da oposição como parte de uma estratégia para articular palanques regionais e consolidar forças contra a atual gestão estadual. A CPI, nesse contexto, serviria como símbolo de mobilização e como munição para o discurso da oposição em diversos municípios. Ainda assim, figuras como Renato Antunes têm se colocado como linha de frente da defesa institucional do governo, reforçando que a base aliada não aceitará o uso da estrutura do Legislativo como ferramenta de desestabilização. Para ele, a política precisa ser feita com responsabilidade e compromisso com a verdade, sob pena de se transformar em caricatura.
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