Iniciativa da biblioteca do Legislativo tem como base legado do abolicionista Joaquim Nabuco, patrono da Assembleia, valorizando a história e a conexão com o presente
A Biblioteca da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promove no sábado (06/09), às 9 horas, uma atividade cultural e ao mesmo tempo sociológica no Quilombo Águas Claras, em Triunfo. A ação será inspirada no exemplo humanitário do patrono da Alepe, Joaquim Nabuco, cuja história foi marcada pela luta abolicionista, justiça social e defesa dos direitos humanos.
Com o tema “Nabuco em Olhares de Liberdade: entre Cordel, Cianotipia e Resistência Quilombola, os participantes terão a oportunidade de aprender e se aproximar do legado de Joaquim Nabuco. As atividades envolvem oficinas de cordel, rodas de conversas e técnica antiga de fotografia. As oficinas serão ministradas pelo fotógrafo Douglas Fagner e pelo poeta Alexandre Morais.
De acordo com a gerente da biblioteca da Alepe, Sirlênia Araújo, será um momento de encontro e valorização da memória, onde história e presente se conectam. “É uma iniciativa que aproxima o legado de Joaquim Nabuco das vozes quilombolas, fortalecendo identidade, cultura e cidadania”, enfatizou a gerente.
Durante o encontro, haverá uma roda de diálogo com a comunidade. Além da oficina de Cordel, o fotógrafo Douglas Fagner ensinará sobre a cianotipia, uma antiga técnica fotográfica desenvolvida pelo cientista inglês John Herschel.
A cianotipia é um dos primeiros processos de impressão fotográfica da história. Segundo a gerente da biblioteca, a oficina permitirá que a comunidade quilombola registre elementos de sua realidade, transformando-os em obras poéticas azuis que dialogam com a liberdade e a ancestralidade”, explicou Sirlênia.
Na avaliação do presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, atividades culturais inspiradas na história de Joaquim Nabuco promovem, acima de tudo, conhecimento e cidadania. “Nabuco comandou a grande luta pela abolição da escravidão. Levar seu legado, através da arte, para uma comunidade quilombola é perpetuar seus ideais de justiça e humanidade”, disse.
Para o primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado Francismar Pontes, atividades fora dos muros da Casa Joaquim Nabuco, como a da biblioteca da Alepe, são importantes para a população porque funcionam como ponto de inclusão e transformação. “Uma biblioteca viva, em movimento, que reconhece e celebra a força das comunidades que resistem e se reinventam possibilita a troca do conhecimento, leva literatura e arte para além de seus muros”, afirmou Pontes
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