sábado, 27 de setembro de 2025

COLA REVOLUCIONÁRIA PROMETE JUNTAR OSSOS QUEBRADOS EM TRÊS MINUTOS; ENTENDA

Uma nova descoberta pode impactar a ortopedia de maneira jamais vista. Pesquisadores da Universidade de Zhejiang, na China, divulgaram o Bone 02, cola que teria a capacidade de colar ossos quebrados em apenas três minutos. O anúncio foi feito em coletiva no Hospital Sir Run Run Shaw, ligado à universidade.

Os cientistas se inspiraram nas ostras, famosas por se fixarem com força em rochas e pilares no mar. Após analisarem a secreção natural desses moluscos, conseguiram reproduzir em laboratório.

De acordo com os responsáveis, a cola é biodegradável e desaparece em cerca de seis meses, acompanhando a cicatrização. "Bone 02 demonstrou boa segurança e eficácia em mais de 150 pacientes, com todos os indicadores atingindo os padrões pré-definidos", diz o jornal estatal Science & Technology Daily.

Grandes vantagens para medicina

De acordo com os pesquisadores, o produto pode substituir placas e parafusos metálicos em diversos casos. A aplicação é feita com uma pequena incisão, reduzindo o trauma cirúrgico, o tempo de sala e o risco de infecção.

A cola seria útil para diferentes tipos e tamanhos de fratura, o que inclui aquelas em que o osso se parte em vários fragmentos. De acordo com o site Sixth Tone, um dos casos já tratados foi o de um jovem com fratura grave no punho, que se recuperou em três meses.

Próximas etapas

A equipe liderada por Lin Xianfeng e Fan Shunwu começou o desenvolvimento em 2016. Eles realizaram mais de 50 variações de fórmula e centenas de testes em animais antes de chegar ao cenário recente.

O hospital já solicitou patente na China e no sistema internacional PCT (Tratado de Cooperação em matéria de Patentes). O próximo passo inclui ensaios clínicos para odontologia e coluna vertebral.

Caso os resultados sejam confirmados em estudos independentes, a Bone 02 pode revolucionar a cirurgia ortopédica. Ao invés de reconstruir ossos com metal, os médicos simplesmente poderão "colar" os fragmentos e deixar que o corpo complete a cura. A descoberta foi descrita pelo Science & Technology Daily como um avanço que "traz uma mudança revolucionária nos tratamentos ortopédicos"

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