EM PERNAMBUCO A DIREITA NÃO ELEGERÁ SENADOR
O CENÁRIO ATUAL
A fotografia política de Pernambuco para 2026 é clara: a disputa para o Senado está praticamente fechada no campo da esquerda. Os principais nomes ventilados, analisados e articulados estão ligados a partidos progressistas, de alinhamento ao governo federal. A direita, por sua vez, não consegue emplacar candidaturas competitivas para a chamada “câmara alta”. O vácuo de projetos e a falta de nomes de peso empurram o campo conservador para fora do tabuleiro majoritário. Veja aqui NA LUPA.
GILSON MACHADO ENTRE A CERTEZA E O RISCO
Um dos poucos nomes da direita que poderia ser lançado é o de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo e aliado de Jair Bolsonaro. O problema é que, caso Gilson entre na corrida para o Senado, jogará fora uma eleição quase certa e segura para a Câmara Federal. Ele tem densidade eleitoral, base consolidada e chances reais de ser um dos deputados federais mais votados do estado. Aposta no Senado, neste momento, é risco puro.
ANDERSON FERREIRA E A PRUDÊNCIA
Outro nome sempre citado é Anderson Ferreira, ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes e candidato ao governo em 2022. Mas a leitura é simples: Anderson não deve embarcar em aventura senatorial. Ele sabe que um mandato federal é capital político imediato, enquanto uma derrota para o Senado seria um hiato perigoso. Político sem mandato é igual a ostracismo. Anderson é jovem e não pode se dar ao luxo de desperdiçar fôlego político em apostas improváveis.
A FORÇA DA ESQUERDA
Enquanto a direita se perde em cálculos e incertezas, a esquerda se organiza com pragmatismo. O PT, a federação partidária e aliados já traçam caminhos. Humberto Costa, senador experiente, está bem posicionado e com a reeleição praticamente assegurada. Ele mantém base histórica, articulação nacional e forte vínculo com o governo Lula. A máquina partidária petista, somada ao recall eleitoral, lhe garante favoritismo absoluto.
A SEGUNDA CADEIRA
A grande questão que resta é: quem ocupará a segunda vaga? O tabuleiro aponta dois nomes competitivos — Silvio Costa Filho e Marília Arraes. Ambos têm lastro político, redes estruturadas e protagonismo no debate estadual. Silvio, hoje ministro de Portos e Aeroportos, aparece fortalecido pelo alinhamento direto ao Planalto. Marília, por sua vez, continua sendo um nome com apelo popular, discurso independente e capacidade de mobilização, principalmente junto às bases femininas e da juventude.
A INVIABILIDADE DA DIREITA
O que torna a direita incapaz de disputar o Senado em 2026 é a soma de fatores: ausência de nomes com musculatura real, fragmentação interna e falta de perspectiva de apoio institucional robusto. Pernambuco, tradicionalmente, não reserva espaço para candidaturas improvisadas no Senado. A cadeira é estratégica, majoritária e exige amplitude que, até o momento, a direita não tem.
A LIÇÃO DA POLÍTICA
O erro da direita em Pernambuco tem se repetido: falta de enraizamento social e incapacidade de criar projetos próprios. O campo conservador ainda depende de lideranças nacionais, de “ondas” eleitorais, sem construção local consistente. Isso explica porque, quando se trata de Senado, o espaço continua sendo dominado por figuras ligadas à esquerda, que sabem jogar o jogo longo e não se arriscam em aventuras sem base sólida.
2026: O SALÃO AZUL PINTADO DE VERMELHO
A análise fria é simples: em 2026, Pernambuco enviará dois senadores de esquerda para o “salão azul” em Brasília. Humberto Costa praticamente garantido, e a disputa pela segunda cadeira restrita entre Silvio Costa Filho e Marília Arraes. A direita, ao que tudo indica, ficará de fora da festa. Para Gilson Machado e Anderson Ferreira, a Câmara Federal é destino certo, sob pena de jogar suas carreiras políticas em um limbo irreversível. No Senado, a direita não terá vez.
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