O conselheiro lembrou que, em momentos delicados, qualquer sinal de hostilidade vindo de Washington deve ser levado em consideração, já que pode influenciar o cenário internacional e a percepção de estabilidade política no Brasil. A polêmica foi intensificada pela decisão do presidente americano, Donald Trump, que anunciou uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, condicionando sua retirada ao fim dos processos contra Bolsonaro, atualmente réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. O governo brasileiro rejeitou prontamente a pressão, reafirmando que não aceitará ingerência externa em temas que dizem respeito à ordem constitucional do país.
Amorim declarou não acreditar que os Estados Unidos coloquem em prática uma ação militar contra o Brasil, pois tal movimento violaria o direito internacional e a soberania de um Estado democrático. Ainda assim, reforçou que vivemos em um mundo imprevisível e que ameaças como essa não podem ser desprezadas. Segundo ele, a retórica de Washington deve ser entendida no contexto de uma conjuntura global marcada por tensões políticas e econômicas, mas é necessário que haja firmeza na defesa das instituições nacionais.
O Itamaraty, em nota oficial divulgada após as declarações de Leavitt, condenou veementemente qualquer possibilidade de sanção econômica ou ameaça de uso da força contra o Brasil. O comunicado frisou que a democracia brasileira é sólida e não se curva a intimidações externas, reforçando o compromisso do país com a preservação do diálogo diplomático, mas sem abrir mão de sua autonomia. O episódio se soma a uma série de atritos recentes entre Brasília e Washington, ampliando o clima de desconfiança e alimentando debates sobre os rumos da política externa nos próximos meses.
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