Em declarações recentes, o presidente já havia citado o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um potencial concorrente, embora tenha evitado nomes desta vez. Para Lula, a prioridade é impedir que a extrema direita retorne ao comando do país, reforçando a defesa de um projeto que, segundo ele, valoriza inclusão social e desenvolvimento econômico. Durante a entrevista, o chefe do Executivo fez questão de se comparar a Getúlio Vargas, destacando que, assim como o ex-presidente, sempre priorizou políticas voltadas para os trabalhadores. Nesse ponto, ressaltou a importância da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada em 1943, defendendo que ela precisa ser atualizada e modernizada, mas jamais extinta.
Lula também utilizou a ocasião para comentar o cenário internacional. Questionado sobre a escalada de tensões entre Estados Unidos e Venezuela, reiterou que o Brasil não tomará partido em conflitos e que continuará do lado da paz, rechaçando a lógica da guerra como solução. Sobre o Oriente Médio, reafirmou suas críticas à postura de Israel em relação à Palestina e lamentou os entraves em estabelecer diálogo produtivo com o ex-presidente americano Donald Trump durante seu governo, especialmente no campo das tarifas comerciais.
Ainda dentro do debate contemporâneo, Lula voltou a defender a regulação das redes sociais como forma de enfrentar o que considera um dos grandes desafios da democracia atual. Apesar da disposição demonstrada para seguir no comando do Palácio do Planalto, fez questão de ressaltar que a definição sobre a candidatura será tomada apenas no próximo ano. Caso mantenha o atual vigor físico e político, afirmou não ter dúvidas de que entrará novamente na corrida presidencial. Com essas falas, o petista se projeta desde já como protagonista no debate eleitoral e fortalece a posição do Partido dos Trabalhadores no tabuleiro político que se desenha para 2026.
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