sexta-feira, 5 de setembro de 2025

ROSA AMORIM DISPUTARÁ VAGA NA CÂMARA FEDERAL E FALA SOBRE CPI

Rosa Amorim afirma que CPI da Publicidade não terá desdobramentos
Segundo a parlamentar, decisões judiciais neutralizam antecipação de disputas eleitorais
A deputada estadual Rosa Amorim (PT) declarou, durante entrevista concedida nesta quinta-feira (4) à Rádio Folha 96,7 FM, que a CPI da Publicidade não terá desdobramentos. A CPI, aberta na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), tem por objetivo investigar os contratos de publicidade do governo estadual, mas a instalação tem sido adiada devido a disputas judiciais. 

“Do ponto de vista jurídico, o próprio STF já afirmou que não há nenhuma ilegalidade na licitação e execução do contrato. Nós achamos, inclusive, que a CPI vai ficar ali, ela não vai ter um desdobramento”, disse a deputada. 

Na avaliação da parlamentar, o fato da CPI estar momentaneamente travada é positivo e analisou que as disputas judiciais envolvendo o governo e a Alepe ajudam a neutralizar a antecipação da disputa eleitoral de 2026 e a equilibrar as forças dentro da Casa.

“Isso é muito positivo [as decisões judiciais]”, disse. “Neutraliza essas disputas e antecipação do processo eleitoral e consegue avançar nas pautas de interesse do povo pernambucano”, completou. 9
 
Palanque duplo
Rosa analisou que ainda é possível que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concorra à reeleição em 2026 tendo dois palanques em Pernambuco. A governadora Raquel Lyra (PSD) mantém boa relação com o governo federal, enquanto o prefeito do Recife, João Campos (PSB), é presidente do partido mais alinhado ao governo a nível nacional, o PSB, tendo o vice-presidente Geraldo Alckmin nas suas fileiras.

“Ainda é possível que o presidente Lula tenha dois palanques no estado de Pernambuco”, declarou a parlamentar. “Mas o PT ainda vai tomar a decisão”, ponderou.

Pré-candidatura
Rosa Amorim anunciou que disputará uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026. Segundo a deputada, o governo Lula vem enfrentando resistência no Congresso Nacional, o qual ela classificou de “antipovo”, e precisa de uma bancada de esquerda maior nas eleições de 2026. 

“Nós estamos num momento difícil da democracia brasileira, em que o governo Lula vem enfrentando dificuldades para efetivar o projeto político que elegemos nas urnas em 2022 pelo fato de encontrarmos um Congresso Nacional antipovo”, afirmou. “Por isso, tomamos como desafio ampliar a nossa bancada de esquerda no Congresso Nacional e a decisão de que, nesse momento, eu passo a ser pré-candidata a deputada federal”, acrescentou.

A deputada avaliou a pré-candidatura como um “grande desafio”, mas que “a política é um risco” e relembrou a trajetória que fez dentro de movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

“É um grande desafio que a gente precisa enfrentar”, comentou. “A política é um risco. Entrei na política eleitoral e nunca tive uma pretensão disso ser um ‘carreirismo’, estou na política por um compromisso social”, enfatizou

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