Alinhado politicamente à governadora Raquel Lyra (PSD), Dueire tem se mostrado incomodado com as decisões da Executiva estadual do MDB, que selou apoio ao prefeito do Recife e provável candidato de oposição ao Governo do Estado, João Campos (PSB). Para o senador, o partido não pode servir de “barriga de aluguel”, expressão usada por ele para criticar políticos que buscam o MDB apenas como instrumento eleitoral.
Nos últimos dias, o senador também foi procurado pelo presidente estadual do Avante, Sebastião Oliveira, que colocou o partido à disposição para uma eventual candidatura. Apesar das ofertas, Dueire afirma que sua prioridade é permanecer no MDB, legenda à qual se diz ligado pelos ideais do ex-senador Jarbas Vasconcelos, de quem foi secretário por oito anos.
“Olha, o Avante, o PSD, o presidente Gilberto Kassab já me procurou com relação a isso. O Podemos também, mas eu pretendo levar até o fim no MDB de Jarbas Vasconcelos, com os valores que aprendi com ele”, declarou o senador.
Dueire também defendeu que as decisões sobre alianças estaduais devem partir da Executiva nacional do MDB, e não das direções locais. Segundo ele, os diretórios estaduais têm autoridade apenas sobre eleições municipais. “Qualquer ansiedade do diretório local, na verdade, responde pelas eleições municipais, mas, para as estaduais, recebemos o comando nacional e discutimos democraticamente”, afirmou.
Com a aproximação do período eleitoral e o acirramento das disputas internas, a posição de Dueire deve continuar sendo observada de perto pelos aliados da governadora Raquel Lyra e pelas lideranças nacionais do MDB, que buscam manter a unidade da legenda em Pernambuco.
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