Segundo Divani, o coletivo transportava 33 passageiros que retornavam de Santa Cruz do Capibaribe, após um dia de compras no Polo de Confecções, com destino a Brumado, na Bahia. O trajeto, que ele conhecia bem há mais de um ano e meio, terminou em tragédia. “O carro vinha tranquilo, com os freios bons, o carro bom. Aí, quando comecei a descer a serra, o carro perdeu o freio. Eu não sei se estourou uma mangueira ou o que foi”, relatou, visivelmente abalado.
O motorista descreveu o desespero que tomou conta do veículo quando percebeu que nada mais podia fazer. “Eu tentei socorrer o pessoal, gritando por ajuda. Consegui sair rápido, junto com outro motorista”, contou, com a voz embargada. O ônibus colidiu contra um barranco de areia e tombou às margens da rodovia, deixando um cenário de destruição.
Entre as vítimas estavam famílias inteiras e o guia da excursão, que sobreviveu e foi socorrido com ferimentos. O balanço inicial aponta 16 mortos e cerca de 17 feridos, muitos em estado grave.
Profundamente abalado, Divani disse que o trauma foi tão grande que pretende abandonar a profissão. “Eu fico muito triste, nunca passei por isso. É muita tristeza. Eu vou abandonar o serviço, parei. Depois que eu passar esse constrangimento, eu não quero mais”, desabafou.
As causas do acidente estão sendo investigadas pela Polícia Civil e por peritos do Instituto de Criminalística. Enquanto isso, a cidade de Saloá amanheceu em luto, com o sistema de saúde em colapso e famílias inteiras mergulhadas na dor da perda.
Via Comando Policial
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