De acordo com o delegado Vitor Hugo, titular da Delegacia de Garanhuns, a estrutura criminosa funcionava em dois galpões, localizados nos bairros Aloísio Pinto e Viana Moura. Nos locais, os policiais apreenderam tonéis de álcool, tampas, lacres, rótulos e uma grande quantidade de garrafas. No primeiro ponto, os falsificadores foram surpreendidos no momento em que realizavam o envase e a vedação das garrafas.
As investigações apontam que a bebida falsificada seria distribuída em bares e pequenos comércios de toda a região Agreste. “Esses produtos eram produzidos sem controle de qualidade, sem fiscalização e ofereciam grave risco à saúde pública”, ressaltou o delegado em vídeo divulgado pela corporação.
O perito criminal Kleber Cardoso, que acompanhou a operação, descreveu o ambiente como totalmente insalubre. “Encontramos tanques com líquidos de odor forte e inflamável, misturados em condições precárias e sem qualquer padrão sanitário. O risco de incêndio e de contaminação ambiental era alto”, afirmou.
Os materiais recolhidos foram encaminhados ao Laboratório de Química Forense do Recife, onde serão analisados para identificar a possível presença de metanol, substância altamente tóxica e responsável por diversos casos de intoxicação no estado.
De acordo com dados oficiais, Pernambuco já soma 26 casos suspeitos e três mortes ligadas à ingestão de bebidas com metanol. Em todo o Brasil, são 217 notificações e 17 confirmações. A Polícia Civil reforçou que novas diligências estão em andamento para identificar outros envolvidos no esquema e os pontos de venda da bebida adulterada.
A ação integra um esforço conjunto das polícias Civil e Militar e faz parte de uma série de investigações que buscam desarticular organizações criminosas especializadas em falsificação de bebidas alcoólicas, crime que, além de lesar o consumidor, coloca em risco a vida da população e o nome de grandes marcas pernambucanas.
Informações do Blog Ricardo Antunes
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