Trump afirmou que está disposto a reduzir as tarifas impostas ao Brasil, que atualmente chegam a 50% em alguns produtos, mas condicionou a decisão a “circunstâncias certas”, sem detalhar quais seriam essas exigências. Essa é a primeira vez que o líder norte-americano admite a possibilidade de fazer concessões comerciais ao Brasil desde o início das tensões econômicas entre os dois países.
“Acredito que vamos nos reunir, sim. Sob as circunstâncias certas, seguramente”, disse Trump durante a entrevista aérea, cujo áudio foi divulgado pela Casa Branca. Ele também recordou a conversa breve que teve com Lula nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em setembro, indicando que o diálogo entre os dois governos vem se aproximando gradualmente.
Poucas horas depois, o presidente Lula confirmou a intenção do encontro, mas afirmou que o Brasil ainda não recebeu nenhuma exigência formal da Casa Branca para discutir a retirada ou redução das tarifas. “Estamos abertos ao diálogo, mas ainda não há proposta concreta”, destacou o presidente brasileiro.
A eventual reunião entre os dois líderes pode marcar um recomeço nas relações comerciais entre Brasília e Washington, que enfrentaram tensões recentes por causa de barreiras econômicas e divergências em acordos internacionais. A expectativa é de que o encontro ocorra durante a agenda multilateral que reunirá chefes de Estado asiáticos e ocidentais.
Caso o entendimento avance, o gesto de Trump poderá abrir novos caminhos para exportadores brasileiros, especialmente nos setores de aço, alumínio e produtos agrícolas, duramente atingidos pelas sanções. Observadores internacionais avaliam que a reunião pode representar um passo decisivo na reconstrução do diálogo político e econômico entre Brasil e Estados Unidos.
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