quinta-feira, 20 de novembro de 2025

DÉBORA ALMEIDA PARTE PARA O ENFRENTAMENTO E DEFENDE TILAPICULTORES DE PERNAMBUCO APÓS DECISÃO FEDERAL

A deputada estadual Débora Almeida (PSDB) elevou o tom no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco e protagonizou uma das mais incisivas defesas em favor dos produtores de tilápia do estado. A parlamentar reagiu com firmeza à decisão da Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio), ligada ao Governo Federal, que classificou a tilápia como espécie exótica invasora — medida que, segundo ela, coloca em risco toda a cadeia produtiva da piscicultura pernambucana.

Durante seu pronunciamento, Débora não hesitou em apontar fragilidades técnicas na resolução e advertiu para os efeitos práticos que ela pode gerar. Para a deputada, o enquadramento da tilápia nessa categoria abre brechas perigosas para novas restrições, fiscalizações mais rígidas e até criminalização de produtores que dependem diretamente da atividade para sobreviver. “Estamos diante de uma decisão que pode penalizar injustamente quem sustenta suas famílias trabalhando com dignidade”, declarou.

A parlamentar fez questão de lembrar que a tilapicultura se consolidou como eixo econômico vital para diversas regiões de Pernambuco — especialmente no Agreste, no Sertão e ao longo do São Francisco. Nessas áreas, a criação de tilápia se transformou em alternativa viável para agricultores que convivem historicamente com a seca e encontraram na piscicultura um caminho de renda estável, geração de empregos e fortalecimento da economia local. “É uma cadeia que alimenta, gera renda e dá esperança. Não podemos permitir retrocessos”, reforçou.

Diante do cenário, Débora Almeida anunciou que está articulando uma ampla frente de diálogo com o Ministério da Pesca e Aquicultura, o Ministério da Agricultura, o Ministério do Meio Ambiente e também com lideranças no Congresso Nacional. O objetivo é barrar qualquer avanço de propostas que prejudiquem o setor e apresentar argumentos técnicos que reflitam a realidade pernambucana. “Pernambuco não aceitará ser prejudicado por decisões distantes da nossa vivência, do nosso território e das necessidades de quem produz”, afirmou.

A deputada ressaltou ainda que a tilapicultura tem papel estratégico para o estado, não apenas por garantir proteína animal acessível à população, mas por movimentar pequenos negócios, impulsionar comunidades rurais e assegurar empregos em regiões onde muitas vezes não há outras alternativas econômicas. Ela reforçou que seu mandato continuará acompanhando os desdobramentos da decisão federal, deixando claro que não faltará disposição para defender o setor.

“No que depender de mim, os produtores não serão silenciados. Estarei ao lado deles, lutando”, enfatizou, em um discurso que repercutiu entre representantes do setor e colegas parlamentares.

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