Segundo o texto divulgado por Eduardo, Nikolas estaria à frente da articulação para afastar Bolsonaro da linha de comando da direita. “Ele está liderando uma dissidência. O problema? O de sempre: ‘temos que nos descolar do Bozo sem perder o eleitor’. Eles querem continuar sendo eleitos pelos bolsonaristas, mas não querem mais prestar contas ao Bolsonaro”, diz o conteúdo. A postagem ainda menciona que Ana Campagnolo teria participado da estratégia relacionada à “vaga do Carlos”, numa referência ao vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente.
O perfil elogiado e amplamente reproduzido por Eduardo também traça uma linha divisória dentro da direita: de um lado, os fiéis ao clã Bolsonaro, como o próprio deputado e o comentarista Paulo Figueiredo; do outro, os que buscam autonomia política. “Falta o lado do Eduardo Bolsonaro e do Paulo Figueiredo, que é o lado certo e justo dessa guerra civil da direita. Eles estão lutando contra o verdadeiro mal e defendendo os inocentes”, diz a publicação.
Em tom quase religioso, o texto encerra afirmando que Eduardo representa o idealismo perdido na política. “Só quem abre mão de privilégios por um ideal maior pode ser chamado de justo. E quem fez isso foi Eduardo Bolsonaro”, conclui. A reação nas redes foi imediata: apoiadores de ambos os lados se enfrentaram em comentários acalorados, expondo as rachaduras cada vez mais visíveis dentro do campo conservador.
O episódio evidencia que a unidade do bolsonarismo — antes sustentada pela força de Jair Bolsonaro — está cada vez mais fragmentada. Entre acusações, ressentimentos e disputas por espaço, a direita vive hoje um conflito aberto que ameaça implodir o movimento que, por anos, se apresentou como o principal bloco de oposição no país.
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