A investigação da Polícia Civil revela que o crime ocorreu no dia 10 de novembro, após uma discussão dentro da residência onde os dois moravam. Durante o desentendimento, Maurício teria empurrado Eliane, que caiu na escada e bateu a cabeça, perdendo a consciência. Em vez de socorrer a mãe, o suspeito deixou a casa e abandonou a vítima desacordada no sofá.
Dois dias depois, ele retornou ao imóvel e encontrou o corpo sem vida. Segundo os investigadores, foi nesse período que o suspeito teria decepado um dos dedos da mãe com a intenção de desbloquear o celular dela e acessar aplicações bancárias. Em seguida, enrolou o corpo em um lençol, colocou no porta-malas do carro e dirigiu até um terreno baldio, onde ateou fogo para tentar destruir provas.
Mesmo após o assassinato, Maurício manteve a rotina como se nada tivesse acontecido. De acordo com a polícia, ele utilizou o celular da mãe para responder mensagens de familiares e amigos, buscando evitar qualquer suspeita sobre seu paradeiro ou comportamento. A frieza do estudante chamou atenção dos investigadores, que descobriram ainda que essa não era a primeira agressão contra Eliane. Cerca de dois anos atrás, ele teria amarrado a mãe com fita adesiva e roubado dinheiro dela, mas a professora não registrou queixa, acreditando que o filho poderia mudar.
A prisão de Maurício só ocorreu 12 dias após o crime, quando ele assaltou um posto de combustível. A detenção levou a polícia a aprofundar a investigação, culminando na revelação do homicídio. Ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) do Cambuci, na zona central de São Paulo. A Justiça decretou prisão temporária de 30 dias, enquanto o inquérito segue para reunir mais provas e esclarecer todos os detalhes do caso.
A morte de Eliane Roschel causou indignação entre familiares, vizinhos e educadores que conviveram com a professora ao longo de sua vida. A comunidade local ainda tenta assimilar a crueldade que cercou o crime, que se tornou um dos mais chocantes já registrados na região. Autoridades seguem investigando possíveis motivações psicológicas e comportamentais que possam ter levado o estudante a cometer tamanha barbárie.
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