A resposta da gestora foi direta e em tom de tranquilização. “O orçamento está destacado para isso. Já pagamos pouco mais de 100 milhões de reais e vamos pagar todo o restante até o fim deste ano. Não tenho dúvida nenhuma disso”, garantiu Raquel Lyra, na tarde desta segunda-feira (24), durante agenda administrativa que marcou a autorização para implantação de um sistema de abastecimento d’água em comunidades rurais de Sairé, no Agreste.
Pelos números oficiais do e-Fisco, o Estado repassou até agora R$ 135 milhões dos R$ 302 milhões previstos para emendas parlamentares de 2025 — o equivalente a 45% do total. Embora o ritmo de execução tenha sido alvo de críticas por parte da Mesa Diretora da Alepe, a governadora destaca que o atual governo já supera, com folga, a média histórica de pagamentos.
Segundo Raquel, gestões anteriores costumavam quitar apenas entre 20% e 30% das emendas, além de lidar com valores significativamente menores. “O nosso governo já é o que mais pagou emenda parlamentar na história de Pernambuco. Estamos garantindo planejamento, previsibilidade e execução. No próximo ano, cada parlamentar terá 8 milhões de reais e a certeza de que 100% será executado”, pontuou.
A chefe do Executivo estadual também afirmou ter liquidado todas as pendências referentes a emendas de 2024, no valor total de R$ 81,6 milhões — embora o próprio sistema ainda registre cerca de R$ 40 milhões pendentes de execução. Segundo o governo, esse saldo também será totalmente quitado até o final do exercício.
A sinalização pública de Raquel Lyra tenta esfriar o clima de confronto institucional provocado pela declaração de Álvaro Porto, que, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, criticou a lentidão nos repasses e admitiu a possibilidade de recorrer ao Judiciário. A governadora, no entanto, descarta qualquer necessidade de disputa jurídica e reforça que os pagamentos ocorrerão dentro do prazo legal.
Com a promessa de zerar todo o passivo ainda este ano, o governo busca preservar a relação com a Alepe num momento considerado decisivo para a articulação política estadual, especialmente diante da votação do orçamento e das movimentações que começam a ganhar força para o ciclo eleitoral de 2026.
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