Historicamente, 11 pernambucanos já passaram pelo STF. O último foi Barros Barreto, nomeado em 1939 por Getúlio Vargas, ainda durante a ditadura do Estado Novo. Ele permaneceu na função por 24 anos, deixando o tribunal em 1963.
Aos 45 anos, Messias tem potencial para marcar uma das mais longas trajetórias recentes na Corte. A aposentadoria compulsória ocorre aos 75 anos, o que permitiria ao pernambucano atuar até 2055, totalizando três décadas no tribunal.
A formação acadêmica de Jorge Messias reforça a tradição pernambucana no Direito brasileiro. Ele é egresso da Faculdade de Direito do Recife (UFPE), instituição criada em 1827 por Dom Pedro I e que já formou 40 ministros do STF ao longo da história. O mais recente foi o paraibano Rafael Mayer, aposentado em 1989 após mais de dez anos de atuação.
Segundo dados do próprio Supremo, seis Estados e o Distrito Federal jamais tiveram representantes na Corte: Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Tocantins e o próprio DF. Já entre os que mais contribuíram com ministros, o ranking é liderado pelo Rio de Janeiro (33), seguido por Minas Gerais (30), São Paulo (26), Rio Grande do Sul (18), Bahia (14) e, logo depois, Pernambuco (11).
Origem dos atuais ministros do STF:
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Alexandre de Moraes – São Paulo (SP)
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Cármen Lúcia – Minas Gerais (MG)
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Cristiano Zanin – São Paulo (SP)
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Edson Fachin – Rio Grande do Sul (RS)
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Flávio Dino – Maranhão (MA)
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Gilmar Mendes – Mato Grosso (MT)
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Luiz Fux – Rio de Janeiro (RJ)
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Nunes Marques – Piauí (PI)
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André Mendonça – São Paulo (SP)
A possível chegada de Jorge Messias ao Supremo reacende o protagonismo pernambucano em uma das instituições mais importantes da República — e resgata uma tradição que marcou profundamente a história jurídica do país.
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