Na sentença, o magistrado determinou a cassação dos diplomas do prefeito e da vice-prefeita, além de declarar ambos inelegíveis por oito anos. A punição também atinge o pai do gestor, Elioenai Dias Santos, e o irmão, Eliel Augusto de Souza Santos, que, segundo a investigação, participaram ativamente do esquema ilícito. Além disso, o juiz aplicou multa de R$ 5 mil a Galego de Nanai e a Georgia Fernanda.
O caso teve origem em uma denúncia do Ministério Público, que apontou abuso de poder econômico e compra de votos durante a campanha. De acordo com a ação, a chapa teria promovido a distribuição em massa de vales-combustível a eleitores, especialmente durante uma grande carreata realizada no dia 28 de setembro de 2024.
Durante as investigações, foram apreendidos vales equivalentes a R$ 55.548,58, além de celulares e imagens de câmeras de segurança de dois postos de combustíveis — Limarques e Valdivino —, que teriam sido utilizados na operação. As provas, segundo o magistrado, foram reforçadas por mensagens e transações financeiras rastreadas pela Polícia Federal, comprovando a atuação direta de familiares do prefeito.
Em sua decisão, o juiz Brenner afirmou que o esquema revelou “uso indevido de recursos com nítida finalidade eleitoral”, comprometendo a lisura e a igualdade do pleito. O magistrado concluiu que houve um desequilíbrio no processo eleitoral, caracterizando abuso de poder econômico em favor da chapa vencedora.
Apesar da gravidade das penalidades, a decisão ainda não tem efeito imediato, uma vez que cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). Até o julgamento do recurso, o prefeito Galego de Nanai e a vice Fernanda Torres permanecem no exercício dos cargos.
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