O caso ocorreu no bairro Cohab 2, onde Simone foi covardemente atacada dentro de casa. Movido por um ciúme doentio, o agressor desferiu golpes fatais, deixando a vítima em estado grave e ferindo também o irmão que tentou defendê-la. Simone foi socorrida e lutou por dias no hospital, mas não resistiu. O agressor foi preso em flagrante e acabou morrendo na prisão, encerrando o episódio com mais uma morte — mas sem encerrar a dor que ficou.
A tragédia reacende o alerta sobre o crescimento assustador da violência doméstica e urbana em Pesqueira. Em poucas semanas, o município registrou homicídios, tentativas de assassinato, assaltos e casos de feminicídio. O noticiário policial, que deveria ser exceção, virou rotina. A sensação de insegurança domina bairros e distritos, e o medo já faz parte do cotidiano das famílias.
Moradores relatam que a cidade, antes conhecida pela fé, pela cultura e pelo acolhimento, agora vive refém da criminalidade. A ausência de policiamento efetivo, a impunidade e a banalização da violência alimentam um ciclo que parece sem fim. As ruas esvaziam cedo, o comércio teme assaltos e a população se pergunta até quando vai conviver com tanta brutalidade.
A morte de Simone Almeida é símbolo dessa realidade cruel. Uma mulher que representava a luta, a coragem e a esperança, teve a vida interrompida por um ato de ódio e possessividade. Sua história é mais do que uma tragédia pessoal — é um espelho do colapso da segurança pública e da falência de políticas eficazes de proteção às mulheres.
Pesqueira chora, mais uma vez, uma vítima da violência. E junto com o luto, cresce a indignação de uma cidade que pede socorro. É preciso mais do que notas de pesar e prisões tardias: é necessário ação, presença e compromisso real das autoridades para devolver à população o direito básico de viver sem medo. Porque, enquanto a violência seguir ditando as manchetes, Pesqueira continuará sangrando — em todas as direções.
Nossos sentimentos e solidariedade aos familiares e amigos de Simone Almeida, que enfrentam neste momento uma dor irreparável.
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