A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca (SDA), encerra 2025 com um balanço positivo e crescimento expressivo na arrecadação. De janeiro a dezembro, todos os meses apresentaram resultados superiores aos registrados em 2024, com aumento médio mensal de aproximadamente 30%.
Durante a apresentação do balanço, também foram discutidas as perspectivas para 2026, com destaque para o reforço na capacitação das equipes, a ampliação das parcerias público-privadas e o fortalecimento das ações de fiscalização e inspeção animal e vegetal. O Planejamento Estratégico 2026, atualmente em fase de finalização, será apresentado em janeiro.
Os resultados foram apresentados pelo diretor-presidente da Adagro, Moshe Dayan Fernandes, durante a reunião de encerramento anual realizada de forma on-line na sexta-feira (19). O formato permitiu a participação de unidades de todas as regiões do Estado e reuniu mais de 150 servidores. Estiveram presentes todos os diretores — Samy Bianchini (Animal), Jurandir Cavalcante (Vegetal) e Claudianne Pessôa (Planejamento), Magaly Branco (Adiministrativo-Financeiro), além do assessor jurídico, Emir Freire; do chefe de Gabinete, Jerônimo Siqueira; e dos gerentes de Tecnologia da Informação, Halley Silva e Erika Naize.
Segundo Moshe Dayan Fernandes, o crescimento contínuo da arrecadação reflete a melhoria dos serviços regulatórios e a intensificação das ações de fiscalização. “Os resultados apresentados refletem o compromisso de toda a equipe, da sede no Recife ao Sertão, na proteção do patrimônio agropecuário, no controle do trânsito animal e vegetal e no cumprimento da legislação vigente”, destacou.
O diretor-presidente também ressaltou que 2025 representa um marco histórico para a pecuária pernambucana. O Estado, juntamente com outras unidades da federação, recebeu o reconhecimento internacional como Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação durante a 92ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), realizada em Paris. O status já havia sido reconhecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em 2024, e foi ratificado pela OMSA em 2025.
“Essa certificação fortalece o agronegócio, amplia mercados e possibilita que os produtores se habilitem à exportação de carnes e produtos de origem animal para países mais exigentes, além de assegurar a sanidade dos rebanhos”, afirmou, ressaltando o empenho dos profissionais da Agência e do Governo do Estado para a conquista.
Entre os indicadores de desempenho, o diretor-presidente destacou o avanço nas renovações cadastrais de aviários, que atingiram e superaram as metas estabelecidas, evidenciando a ampliação da atuação da Adagro em setores estratégicos da economia. O georreferenciamento de propriedades e rebanhos também superou a meta prevista, resultado atribuído principalmente ao êxito da Campanha de Atualização Cadastral e à exigência de cadastro regularizado.
Outro dado relevante foi a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs), que superou em mais do que o dobro a meta estipulada, com mais de 139 mil documentos emitidos ao longo do ano. “Esse resultado representa maior controle do trânsito de animais e, consequentemente, maior prevenção de doenças que podem causar prejuízos aos produtores e à economia pernambucana”, ressaltou Moshe Dayan Fernandes.
Na área vegetal, a emissão de Permissões de Trânsito de Vegetais (PTVs) também superou as metas em todos os trimestres, totalizando mais de 20 mil autorizações emitidas, frente a uma meta inicial de pouco mais de 12 mil. Já o número de eventos agropecuários autorizados — outro importante indicador da defesa sanitária — ultrapassou as metas em mais de 200% ao longo do ano, encerrando 2025 com mais de 106 eventos autorizados, mais de três vezes o previsto.
O balanço positivo inclui ainda metas superadas na capacitação das equipes e na coleta de amostras para análise de resíduos de agrotóxicos. A ação é realizada em parceria com a Ceasa e a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), por meio de termo de cooperação que fortalece os mecanismos de fiscalização e monitoramento da produção vegetal no Estado.
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