A movimentação começou ainda durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores, quando a presença popular chamou atenção pelo volume e pela demonstração explícita de solidariedade à prefeita. No decorrer da sessão, um oficial de Justiça compareceu à Casa Legislativa para notificar formalmente o presidente da Câmara, vereador Tiago de Vilmar (Avante), sobre a decisão liminar expedida pelo Judiciário.
Com a confirmação da suspensão do processo, a população deixou o plenário e seguiu em caminhada pelas ruas da cidade. Riva Bezerra participou do ato e, ao longo do trajeto, foi cumprimentada e recebeu manifestações de apoio de moradores, que classificaram a decisão como uma vitória da legalidade e da vontade popular.
A liminar suspende todos os atos da CPI responsável por apurar uma denúncia considerada sem embasamento jurídico, protocolada na Câmara Municipal. Na decisão, a juíza Gabriela Mantovani apontou falhas no andamento do processo e determinou a interrupção imediata dos trabalhos, estabelecendo multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento, valor que pode chegar a R$ 50 mil caso a ordem judicial não seja respeitada pelo Legislativo.
A magistrada acolheu pedido apresentado pelo vereador Mika (Republicanos), que apontou uma série de irregularidades tanto na denúncia apresentada pelo vice-prefeito Antônio Leite (Republicanos) quanto na forma como o caso foi levado à votação em plenário. Entre os problemas destacados estão a ausência de fundamentos jurídicos consistentes e vícios no rito adotado pela Casa.
A decisão judicial muda o rumo do embate político em Cedro e fortalece a posição da prefeita Riva Bezerra, que agora segue no cargo com respaldo da Justiça e apoio popular explícito. O episódio também acende o debate sobre os limites da atuação do Legislativo municipal e a necessidade de respeito aos preceitos legais em processos de tamanha gravidade institucional.
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