Para o superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, o aporte financeiro marca a consolidação da ferrovia como uma obra operacional, e não apenas uma promessa de longo prazo. “Este aporte de R$ 700 milhões reafirma o papel da Sudene na viabilização de uma obra com alto potencial de transformação da logística nordestina”, destacou.
A decisão foi aprovada por unanimidade pela Diretoria Colegiada da Sudene e incluiu ainda o empenho de R$ 115,4 milhões adicionais, complementando uma parcela contratual de R$ 1 bilhão. Segundo o diretor de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais da Autarquia, Heitor Freire, a Transnordestina Logística S.A. (TLSA) apresentou todas as comprovações físicas, financeiras e contábeis das obras, devidamente atestadas pelo Banco do Nordeste, agente operador do financiamento.
A Sudene é uma das principais financiadoras do projeto, que até 2027 terá um investimento total estimado em R$ 7,4 bilhões. Com o novo repasse, já foram liberados R$ 6,1 bilhões, incluindo R$ 800 milhões oriundos do antigo Finor. Atualmente, 100% da execução contratual da ferrovia está garantida.
Recentemente, foram assinadas as ordens de serviço dos lotes 9 e 10, que ligam Baturité a Aracoiaba (46 km) e Aracoiaba a Caucaia (51 km), respectivamente. Estes trechos são apontados como os mais complexos do ponto de vista técnico e estratégicos para a conclusão da primeira fase do projeto.
Apesar da conclusão integral da Transnordestina estar prevista apenas para 2028, avanços concretos já podem ser observados. Na última semana, um comboio com 20 vagões carregados de milho percorreu 585 quilômetros entre Bela Vista, no Piauí, e Iguatu, no Ceará, marcando o início da fase de testes operacionais. A expectativa é que o transporte regular de cargas comece oficialmente já no próximo ano, consolidando a ferrovia como um eixo estratégico para o desenvolvimento do Nordeste.
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