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terça-feira, 9 de dezembro de 2025

MINISTRO DE LULA ROMPE O SILÊNCIO APÓS EXPULSÃO DO UNIÃO BRASIL E ACUSA SIGLA DE INJUSTIÇA EM DECISÃO “EQUIVOCADA”

Em uma manifestação firme e carregada de críticas, o ministro do Turismo, Celso Sabino, reagiu publicamente à decisão da Executiva Nacional do União Brasil que determinou sua expulsão do partido. O anúncio, feito nesta segunda-feira (8), ecoou imediatamente nas redes sociais, onde o ministro classificou a medida como injusta, política e desproporcional.

Segundo Sabino, sua saída compulsória da legenda não ocorreu por má conduta, mas por recusar-se a abandonar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele afirmou que foi punido por manter sua atuação no Ministério do Turismo e por continuar contribuindo com o desenvolvimento do Pará e do país.
“Minha expulsão deu-se pelo fato de eu continuar trabalhando no Ministério do Turismo, servindo ao Brasil, optando pelo projeto que considero — e que grande parte dos brasileiros considera — o melhor para o país”, declarou em vídeo.

A votação na Executiva Nacional, realizada de forma secreta, registrou cerca de 24 votos favoráveis à expulsão. Dirigentes da legenda acusaram o ministro de infidelidade partidária, alegando que Sabino ignorou orientações internas e permaneceu no cargo contra determinação do União Brasil, que exigiu que filiados entregassem seus postos no governo até 29 de setembro, em meio às movimentações estratégicas para as eleições de 2026.

Em sua resposta, o ministro afirmou que não se submeteu à pressão e enfatizou que sua permanência na pasta era fundamental diante da proximidade da COP30, que será sediada em Belém.
“Saio com a minha cabeça erguida, com a ficha limpa, sem mácula. Não poderia abandonar o meu trabalho às vésperas da realização da COP30. Tive coragem de enfrentar partidos quando quiseram me obrigar a fazer o que eu não concordava”, destacou.

Sabino também acusou a cúpula nacional do União Brasil de intervenção indevida no diretório paraense, afirmando que não havia qualquer justificativa regimental para a medida.
“Intervieram no diretório do Pará sem que tivesse ocorrido qualquer infração ou descumprimento de determinação partidária. Foi uma decisão equivocada e injusta”, completou.

A expulsão de Celso Sabino ocorre em um momento de forte tensionamento interno no União Brasil, que tenta reposicionar-se no xadrez político de 2026. A saída do ministro deve aprofundar as divisões e reforçar o debate sobre o real peso da legenda dentro do governo federal.

Enquanto isso, Sabino segue no Ministério do Turismo, sustentando que continuará trabalhando “pelo Brasil, pelo turismo e pelo Pará”, independentemente de partido.

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