Segundo a decisão, chegou aos autos do processo, nesta segunda-feira (29), a notícia de que o ex-assessor teria utilizado a plataforma profissional para realizar buscas por perfis de terceiros, analisando o histórico de outros usuários. Para o ministro, a eventual prática pode configurar violação direta das restrições determinadas pelo próprio STF, que vedam a utilização de redes sociais, sejam elas próprias ou por intermédio de terceiros, mesmo antes do trânsito em julgado da condenação.
Filipe Martins está em prisão domiciliar desde o último sábado (27), após já cumprir medidas cautelares mais brandas, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica. A mudança no regime foi determinada por Alexandre de Moraes em um contexto de maior rigor no acompanhamento de investigados e condenados ligados a atos antidemocráticos, especialmente após a prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. Vasques, que também cumpria medidas cautelares, acabou fugindo para o Paraguai, onde foi posteriormente detido, episódio que acendeu um alerta no Supremo sobre o risco de descumprimento de decisões judiciais.
Ao exigir explicações formais da defesa, Moraes sinaliza que qualquer indício de violação das condições impostas será tratado com severidade. O episódio reforça o clima de vigilância rigorosa adotado pelo STF em relação a investigados que, mesmo sob medidas restritivas, possam tentar driblar determinações judiciais, ampliando o cerco contra figuras próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
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