Ao falar sobre sua trajetória política recente, o parlamentar confirmou que aguarda a abertura da janela partidária para deixar o Solidariedade e se filiar ao Podemos, legenda pela qual pretende disputar a reeleição. Duque também comentou o rompimento com a ex-deputada federal Marília Arraes, revelando que a relação política foi encerrada após a negativa de legenda para que ele concorresse à Prefeitura de Serra Talhada nas eleições de 2024.
No campo institucional, Luciano Duque classificou 2025 como um ano de intensa produção legislativa, porém marcado por conflitos internos que comprometeram o ambiente da Casa Joaquim Nabuco. Segundo ele, a atual correlação de forças na Alepe alterou a dinâmica tradicional do parlamento estadual. “Vivemos uma situação atípica. Mesmo com a maioria dos deputados integrando a base do governo, a oposição conseguiu, por meio de articulações legítimas e regimentais, ocupar espaços estratégicos, especialmente nas comissões. Isso mudou completamente o jogo”, avaliou.
Para o deputado, a polarização política entre a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), chegou de forma antecipada à Assembleia e acabou interferindo diretamente no andamento dos trabalhos legislativos. Duque citou como exemplo a tramitação da Lei Orçamentária Anual de 2026, que, segundo ele, se tornou um dos principais focos de tensão e pode acabar sendo resolvida no Judiciário. “A LOA virou um ponto sensível. É uma preocupação real e concreta, porque o impasse criado tende a ultrapassar o debate político e chegar aos tribunais”, alertou.
Mesmo diante desse cenário de embates, Luciano Duque destacou seu desempenho político no Sertão do Pajeú, especialmente em Serra Talhada, onde lidera pesquisas de intenção de voto para a Assembleia Legislativa. Ele atribui o bom momento ao trabalho consistente no parlamento e às conquistas viabilizadas por meio do diálogo com o Governo do Estado. “Os resultados aparecem quando há trabalho. As ações que conseguimos levar para Serra Talhada e para outras regiões do Sertão são fruto dessa parceria institucional com o governo estadual”, afirmou.
O deputado também fez uma defesa enfática da gestão da governadora Raquel Lyra, ressaltando avanços alcançados ao longo dos últimos três anos. Para ele, a governadora chega fortalecida à disputa pela reeleição. “Raquel vem com força, sem dúvida. A eleição será um julgamento claro entre modelos de gestão. A população vai comparar o que está sendo feito agora com o que foi feito nos governos do PSB, especialmente na era Paulo Câmara”, declarou.
Na avaliação de Luciano Duque, o eleitor pernambucano já demonstrou, em eleições anteriores, um desejo de mudança e tende a reafirmar essa posição. “O PSB já foi rejeitado uma vez e, na minha leitura, será rejeitado novamente. O povo vai decidir com base nos resultados, na capacidade de gestão e na forma como o Estado está sendo conduzido”, concluiu o parlamentar, reforçando que o debate de 2026 será decisivo para definir os rumos políticos de Pernambuco.
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