De acordo com a pesquisa, João Campos soma atualmente 53,1% das intenções de voto, enquanto Raquel Lyra alcança 31%. O vereador do Recife Eduardo Moura (Novo) aparece com 3,9%, e Ivan Moraes (Psol) registra 0,9%. O dado que mais chama atenção, no entanto, é a comparação com o levantamento realizado em agosto, quando Campos tinha 57% e Raquel apenas 24%. A diferença, que era de 33 pontos percentuais, caiu para 22, uma redução de 11 pontos em um intervalo relativamente curto.
O movimento de crescimento da governadora ocorre em um contexto de reposicionamento político e estratégico. Após deixar o PSDB e se filiar ao PSD no primeiro semestre, Raquel Lyra intensificou sua aproximação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o fim do ano passado. Nos últimos meses, passou a dividir palanques com o petista em Pernambuco, inclusive ao lado do próprio João Campos, numa sinalização clara de alinhamento com o governo federal e de busca por ampliar seu alcance junto ao eleitorado.
Esse novo rumo parece estar refletindo não apenas nas intenções de voto, mas também na avaliação da gestão estadual. Os números da pesquisa indicam uma melhora consistente na percepção popular sobre o governo Raquel Lyra. A aprovação da administração chegou a 55,4%, um avanço relevante em relação aos 48,7% registrados em agosto e aos 46,2% de março. Em sentido oposto, a desaprovação vem caindo de forma contínua: era de 50,6% em março, passou para 47,6% em agosto e agora está em 40,8%.
A avaliação positiva da gestão também apresentou crescimento. O índice de ótimo e bom alcançou 37,6%, contra 30,8% no levantamento anterior. Já a avaliação ruim ou péssima recuou de 37% para 29,5%, reforçando a percepção de que o governo estadual começa a conquistar maior respaldo junto à população pernambucana.
O levantamento do Paraná Pesquisas ouviu 1.502 eleitores em 61 municípios de Pernambuco, com grau de confiança de 95% e margem de erro de 2,6 pontos percentuais. Os dados indicam que, embora João Campos ainda lidere com folga, Raquel Lyra entra em uma fase de recuperação política, reduz distâncias e demonstra fôlego para tornar a disputa de 2026 mais competitiva do que se imaginava meses atrás.
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