Segundo informações da defesa, Zambelli ocupava inicialmente uma cela localizada no andar térreo do presídio. Nesse período, ela teria comunicado à administração penitenciária os ataques sofridos, sem que providências efetivas fossem adotadas. O advogado Fábio Pagnozzi afirma que as queixas não resultaram em medidas imediatas por parte da unidade prisional, o que levou a defesa a formalizar um pedido de mudança de local para preservar a integridade física da cliente.
Ainda de acordo com o advogado, a justificativa apresentada pela administração do presídio foi a alta rotatividade de internas, o que, na avaliação da defesa, contribuiu para o ambiente de instabilidade e para a repetição das agressões. Diante do cenário, a transferência acabou sendo autorizada, e Zambelli foi realocada para uma cela em um andar superior da penitenciária, considerada mais segura.
Carla Zambelli está sob custódia da Justiça italiana enquanto o Judiciário brasileiro avança nos trâmites para sua extradição. Ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), caso que teve ampla repercussão política e jurídica no Brasil.
A situação da ex-deputada se agravou após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a cassação de seu mandato. Antes da conclusão do processo, Zambelli optou por renunciar ao cargo de deputada federal, encerrando oficialmente sua passagem pelo Congresso Nacional em meio a uma das maiores crises de sua trajetória política.
Enquanto aguarda os desdobramentos do pedido de extradição, a defesa segue monitorando as condições de custódia da ex-parlamentar na Itália, sustentando que a transferência de cela foi uma medida necessária diante da omissão inicial do presídio frente às denúncias de agressão.
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