domingo, 28 de dezembro de 2025

ZAMBELLI É AGREDIDA EM PRESÍDIO NA ITÁLIA E DEFESA CONSEGUE TROCA DE CELA APÓS EPISÓDIOS DE VIOLÊNCIA

A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) enfrentou uma rotina de tensão e insegurança dentro do sistema prisional italiano. Presa desde julho em Roma, a ex-parlamentar precisou ser transferida de cela após relatar sucessivas agressões cometidas por outras detentas, episódios que teriam ocorrido ao menos três vezes antes do mês de setembro.

Segundo informações da defesa, Zambelli ocupava inicialmente uma cela localizada no andar térreo do presídio. Nesse período, ela teria comunicado à administração penitenciária os ataques sofridos, sem que providências efetivas fossem adotadas. O advogado Fábio Pagnozzi afirma que as queixas não resultaram em medidas imediatas por parte da unidade prisional, o que levou a defesa a formalizar um pedido de mudança de local para preservar a integridade física da cliente.

Ainda de acordo com o advogado, a justificativa apresentada pela administração do presídio foi a alta rotatividade de internas, o que, na avaliação da defesa, contribuiu para o ambiente de instabilidade e para a repetição das agressões. Diante do cenário, a transferência acabou sendo autorizada, e Zambelli foi realocada para uma cela em um andar superior da penitenciária, considerada mais segura.

Carla Zambelli está sob custódia da Justiça italiana enquanto o Judiciário brasileiro avança nos trâmites para sua extradição. Ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), caso que teve ampla repercussão política e jurídica no Brasil.

A situação da ex-deputada se agravou após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a cassação de seu mandato. Antes da conclusão do processo, Zambelli optou por renunciar ao cargo de deputada federal, encerrando oficialmente sua passagem pelo Congresso Nacional em meio a uma das maiores crises de sua trajetória política.

Enquanto aguarda os desdobramentos do pedido de extradição, a defesa segue monitorando as condições de custódia da ex-parlamentar na Itália, sustentando que a transferência de cela foi uma medida necessária diante da omissão inicial do presídio frente às denúncias de agressão.

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