segunda-feira, 21 de novembro de 2022

GASOLINA SOBE PELA SEXTA SEMANA SEGUIGA, DIZ ANP

 Preço da gasolina sobe pela sexta semana seguida, diz ANP
O preço da gasolina nos postos brasileiros subiu pela sexta semana consecutiva, segundo a pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Na semana passada, o produto foi vendido, em média, a R$ 5,05 por litro.

É uma alta de 0,6% sobre o valor verificado na semana anterior. Desde o início da sequência de altas, pouco antes do segundo turno das eleições, o preço médio da gasolina no país subiu 5,4%, ou R$ 0,26 por litro.

A subida de preços reflete aumento nas cotações do etanol anidro, que é misturado à gasolina vendida nos postos. Desde o início de setembro, a Petrobras não mexe nos preços de venda de suas refinarias, que vinha sendo constantemente reduzido durante a campanha eleitoral.

A estatal passou semanas operando com defasagens em relação às cotações internacionais, mas os sinais foram invertidos na abertura do mercado desta segunda-feira, diante da queda das cotações internacionais do petróleo nos últimos dias.

Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras está 3% acima da paridade internacional, ou R$ 0,08 por litro.

Também impactado pelas cotações nas usinas, o preço médio do etanol hidratado vem ficando mais caro nas bombas: na semana passada, o preço médio do produto subiu 1,3%, para R$ 3,84 por litro. Foi a sétima semana consecutiva de alta.

Já o preço do diesel caiu 0,3%, de acordo com a pesquisa da ANP. Na semana passada, o litro do combustível foi vendido no país, em média, a R$ 6,57.

Sem mudanças nas refinarias desde meados de setembro, o preço médio do diesel nas refinarias brasileiras está 6%, ou R$ 0,28 por litro, abaixo da paridade de importação, segundo a Abicom.

O preço do gás de cozinha ainda não trouxe grande reflexo do corte de 5,3% promovido pela Petrobras em suas refinarias na semana passada. Segundo a ANP, o botijão de 13 quilos foi vendido no país, em média, a R$ 110,19 na semana passada, valor apenas 0,2% inferior ao verificado na semana anterior.

ANVISA LIBERA MEDICAMENTO PARA USO PEDIÁTRICO CONTRA O COVID

Anvisa autoriza Remdesivir para uso pediátrico no tratamento da Covid
A Anvisa aprovou, nesta segunda-feira (21), a ampliação de uso do medicamento antiviral Remdesivir para uso pediátrico no tratamento da Covid-19. 
A aprovação inclui bebês e crianças a partir de 28 dias e peso igual ou superior a 3 kg, com pneumonia que requerem administração suplementar de oxigênio (oxigênio de baixo ou alto fluxo, ou outra ventilação não invasiva no início do tratamento) e crianças que pesam igual ou maior que 40 kg que não requerem administração suplementar de oxigênio e que apresentam risco aumentado de progredir para Covid-19 grave.
O Remdesivir é um antiviral injetável produzido no formato de pó para diluição, em frascos de 100 mg. O antiviral recebeu registro da Anvisa em março de 2021 e é indicado para o tratamento da Covid-19. A substância impede a replicação do coronavírus no organismo, diminuindo o processo de infecção.

EQUIPE DE TRANSIÇÃO DE RAQUEL QUESTIONA CRIAÇÃO DE "GRUPO DE TRABALHO" AS VESPERAS DO FIM DO GOVERNO PAULO CAMARA

Equipe de transição de Raquel Lyra questiona criação de grupo de trabalho para “implantação de ações estruturadoras” a 46 dias do fim do governo Paulo Câmara
A vice-governadora eleita e coordenadora da equipe de transição do governo eleito de Raquel Lyra, Priscila Krause (Cidadania), questionou o governo Paulo Câmara (PSB), nesta segunda-feira (21), por meio de um ofício, sobre a criação do grupo de trabalho que foi instituído 46 dias antes do fim da gestão para atuar na implementação de projetos estruturantes do Estado. O documento, que foi encaminhado para o coordenador da transição do governo socialista e secretário da Casa Civil, José Neto, também quer saber quais são os projetos que serão tratados e quais as atividades previstas e respectivos cronogramas.

De acordo com Priscila, o documento ainda solicitou que sejam compartilhados os documentos referentes a cada um dos projetos estruturadores tratados pelo Grupo de Trabalho, tais como estudos, projetos, processos e demais informações. Outro ponto que a vice-governadora eleita pleiteou é que sejam compartilhadas as atas de reuniões que serão realizadas e coordenadas pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio. Publicada no Diário Oficial do Estado, na última sexta-feira (18), a portaria da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de número 028 instituiu o grupo com o “objetivo de atuar na implantação de projetos estruturadores do Estado”.
“A equipe de transição quer entender as razões que levaram o atual governo a instituir o grupo de trabalho 46 dias antes do fim da gestão, durante o processo de transição governamental, em que estamos fazendo levantamentos de informações relevantes para o início das atividades da próxima gestão. Se são projetos estruturadores, certamente, são decisões que passam pelo próximo governo”, reforçou a vice-governadora eleita.

Além do secretário Geraldo Julio, também compõem a equipe o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Tomé Franca, que foi nomeado secretário do grupo; a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista; a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Inamara Santos Mélo, e o secretário de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo.
OFÍCIOS - Nesta segunda, a equipe de transição de governo de Raquel Lyra ainda encaminhou, além do pedido de esclarecimento sobre a criação do grupo de trabalho, mais dois ofícios ao Governo do Estado pedindo informações sobre as ações para a realização do Carnaval 2023 e outro direcionado na área de saúde de Pernambuco. Ainda foi encaminhado um ofício para o Tribunal de Contas do Estado solicitando informações sobre relatórios e auditorias. Até o momento, já foram encaminhados 22 ofícios para o Governo do Estado e dois para o TCE.

Fotos: Yêdo Leonel

ANVISA APROVA VENDA EM FARMACIAS DE MEDICAMENTO ANTI-COVID

Anvisa aprova venda de remédio da Pfizer contra Covid em farmácias
A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou por unanimidade, nesta segunda-feira (21), a venda do medicamento Paxlovid, utilizado no tratamento da Covid-19, em farmácias e hospitais particulares do país.

A decisão autoriza o fornecimento do medicamento para o mercado privado, com a rotulagem e bula em português de Portugal e em espanhol. Os diretores também aprovaram a ampliação da validade do medicamento de 12 meses para 18 meses.

A venda em farmácias deve ser feita sob prescrição médica, com dispensação e orientação pelo farmacêutico ao paciente sobre o uso correto do medicamento. 

A autorização da Anvisa prevê ainda que o fabricante deve manter e priorizar o abastecimento para o programa do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com a Anvisa, a aprovação levou em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países com autoridades internacionais de referência, como Estados Unidos e Canadá. "A medida também considerou o cenário epidemiológico atual, com a circulação das novas subvariantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no país", frisou a agência, em nota divulgada.

A diretora relatora do assunto na Anvisa, Meiruze Freitas, disse que a venda no mercado privado irá aumentar a facilidade de acesso ao tratamento da Covid-19, visto que o medicamento deve ser tomado dentro de cinco dias após o início dos sintomas. 

“O diagnóstico precoce e o tratamento ambulatorial, quando necessário, são importantes para evitar a progressão da doença para casos graves”, afirmou a diretora. Ela reiterou ainda que o tratamento não substitui a vacinação. “A vacinação continua sendo a melhor estratégia para evitar a Covid-19, as hospitalizações e os óbitos”, complementou Meiruze.   

Sobre o Paxlovid
O Paxlovid, utilizado no tratamento da Covid-19, teve seu uso emergencial aprovado no Brasil em 30 de março deste ano. Composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir embalados e administrados juntos, o medicamento é indicado para o tratamento da doença em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para Covid-19 grave. O medicamento é de uso adulto, com venda sob prescrição médica.

O Paxlovid é indicado para o tratamento da Covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para a forma grave da doença, segundo a Anvisa.

"O Paxlovid não está autorizado para tratamento de pacientes que requerem hospitalização devido a manifestações graves ou críticas da Covid-19. Também não está autorizado para profilaxia pré ou pós-exposição para prevenção da infecção pelo novo coronavírus.  O medicamento não está autorizado para uso por mais de cinco dias", diz a nota publicada pela Anvisa. 

"Além disso, como não há dados do uso do Paxlovid em mulheres grávidas, recomenda-se que seja evitada a gravidez durante o tratamento com o referido medicamento e, como medida preventiva, até sete dias após o término do tratamento. Finalmente, o Paxlovid não é recomendado para pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal, uma vez que a dose para essa população ainda não foi estabelecida", frisou a agência nacional.

BRASIL EMPLACA PRESIDENTE DO BID


Brasileiro Ilan Goldfajn é eleito presidente do BID
Economista presidiu o Banco Central do Brasil entre 2016 e 2019; candidatura foi ameaçada após PT tentar articulações por outro nome no comando da instituição

   
WASHINGTON, EUA, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn, foi eleito neste domingo (20) o novo presidente do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID). Ele será o primeiro brasileiro a comandar a instituição, que financia projetos de desenvolvimento no continente e tem sede em Washington, nos Estados Unidos

Presidente do Banco Central entre 2016 e 2019, indicado por Michel Temer (MDB), Goldfajn é hoje diretor de Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), cargo do qual se licenciou para disputar a eleição do BID.

Ele concorria com outros quatro candidatos: a argentina Cecilia Todesca Bocco, secretária de Relações Econômicas Internacionais da chancelaria do país; o mexicano Gerardo Esquivel, um dos diretores do Banco Central do país; o chileno Nicolás Eyzaguirre, ex-ministro da Economia; e Gerard Johnson, de Trinidad e Tobago, ex-funcionário do BID.

A eleição do brasileiro foi facilitada depois que o governo Alberto Fernández abriu mão da candidatura de Todesca Bocco na reta final e decidiu apoiar Goldfajn, que já tinha apoio dos Estados Unidos.

Como EUA, Brasil e Argentina têm a maior parte das ações do banco (30% para o primeiro, 11,4% para cada um dos dois últimos), o caminho se abriu para o brasileiro. Já na primeira rodada de votação, ele obteve 80% dos votos.
Indicação de Guedes
Goldfajn foi indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que fez um giro com autoridades do continente em Washington no mês passado, durante as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, na tentativa de angariar apoio ao brasileiro. Os candidatos foram alvo de sabatina no último dia 12, e Goldfajn foi o que causou a melhor impressão entre os concorrentes.

A candidatura foi ameaçada, porém, quando Jair Bolsonaro (PL) perdeu a eleição presidencial brasileira. Isso porque o PT, partido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, trabalhou para adiar a eleição do BID e emplacar outro nome que não o do indicado por Bolsonaro.

O ex-ministro petista da Fazenda Guido Mantega chegou a enviar um email à secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, pedindo que o pleito fosse adiado por 45 a 60 dias. A eleição, porém, não foi adiada, mas a escolha de Goldfajn ficou ameaçada, uma vez que autoridades não querem se indispor com o próximo presidente do Brasil. Na quinta, no entanto, Mantega renunciou ao seu cargo na equipe de transição do governo Lula, o que voltou a dar tração ao ex-presidente do Banco Central no BID.

Conforme mostrou reportagem da Folha de S.Paulo, as prioridades de Goldfajn apresentadas no processo seletivo do banco se alinhavam às de Lula e incluíam combater a fome, promover a cooperação entre países, fomentar crescimento com inclusão social, diversidade e preservação ambiental.
Na teoria, não importa a nacionalidade do presidente do órgão, porque os projetos financiados pelo BID obedecem a critérios técnicos. Na prática, porém, a presença de um brasileiro facilitaria que projetos-pilotos fossem testados no Brasil, por exemplo.

Fundado há 63 anos, o BID é considerado o maior e mais antigo organismo financeiro multilateral do mundo e financia projetos de desenvolvimento econômico, social e institucional na América Latina e no Caribe. Tem 48 países membros e sede em Washington (EUA).

Em novembro de 2022, estavam previstos quase US$ 30 bilhões (R$ 160 bilhões) pelo BID para projetos em preparação ou implementação no Brasil. Entre eles, programas para potencializar negócios de bioeconomia na Amazônia, expansão do ensino em Florianópolis (SC), investimentos rodoviários no estado de São Paulo, pecuária sustentável no Mato Grosso, além de uma série de ações federais
Turbulências do passado 
 
A eleição deste domingo põe fim a um conturbado período que começou com a eleição do americano Mauricio Claver-Carone para o posto em 2020, mas que foi destituído por unanimidade em setembro, acusado de se envolver com uma subordinada.

No ano da eleição do americano havia forte disposição para que os países que compõem o banco elegessem um brasileiro. Uma série de nomes foram discutidos, como Marcos Troyjo (hoje no banco dos Brics); Rodrigo Xavier; Carlos da Costa (ex-BNDES) e Martha Seillier (ex-secretária do Programa de Parcerias e Investimentos), mas sem sucesso.

O Brasil desistiu de emplacar um indicado após um pedido direto do então presidente americano Donald Trump a Jair Bolsonaro para que o país apoiasse Claver-Carone, então diretor de assuntos para o hemisfério ocidental no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca. A conturbada gestão do americano, no entanto, chegou ao fim antes que ele completasse o mandato de cinco anos.

Em entrevista recente à Folha de S.Paulo, Claver-Carone, desafeto de Paulo Guedes, afirmou que o país tinha feito uma má escolha ao apoiar sua destituição e que não encontraria agora apoio para eleger um nome próprio.

Como funciona o BID?
 
Fundado em 1959;
Seus recursos vêm dos seus 48 países membros e de captações nos mercados financeiros, entre outras fontes;
O poder de voto é proporcional ao capital subscrito pelo país;
Os EUA são o país com maior poder de voto na instituição, 30%;
Brasil e Argentina têm 11,4% ambos;
Cada país membro indica um governador — geralmente, o ministro da Fazenda ou Economia.
 
Países que compõem o BID 
Alemanha, Argentina, Áustria, Bahamas, Barbados, Bélgica, Belize, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Croácia, Dinamarca, El Salvador, Equador, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Israel, Itália, Jamaica, Japão, México, Nicarágua, Noruega, Países Baixos, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido, República da Coreia, República Dominicana, Suécia, Suíça, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela
O presidente 
- Eleito pela Assembleia de Governadores

- Responsável pela condução do dia a dia

- Nas sessões da diretoria executiva não vota, exceto em caso de empate

Fonte: BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)

LULA RETIRA LESÃO DA LARINGE

Lula retira lesão na laringe em hospital de São Paulo; presidente eleito está bem
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve, no domingo (20), no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para a retirada de uma lesão na laringe.

O procedimento foi bem sucedido e ele já teve alta. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo.

O presidente eleito foi atendido pelos médicos Roberto Kalil Filho, Rui Imamura e Artur Katz.

Exames de rotina de Lula realizados no dia 12 apontaram inflamação das cordas vocais e leucoplasia na laringe, que é caracterizada por manchas brancas. Eles também mostraram "completa remissão do tumor diagnosticado em 2011".

Segundo médicos, a leucoplasia não é uma "emergência" médica", mas requer acompanhamento médico, uma vez que pode evoluir para um câncer. As probabilidades de isso ocorrer, no entanto, são de cerca de 10%.

O boletim médico divulgado pelo hospital no dia 12 dizia que "foram realizados exames de imagens: ecocardiograma, angiotomografias e PET scan, que estão normais e seguem mostrando completa remissão do tumor diagnosticado em 2011".

Os médicos também associaram a inflamação, agora já removida, ao esforço vocal de Lula em comícios durante a campanha eleitoral.

"O exame de nasofibroscopia mostra alterações inflamatórias decorrentes do esforço vocal e pequena área de leucoplasia na laringe", completava o boletim.

O presidente eleito faz rotineiramente exercícios com fonoaudiólogo.

Na Lupa 🔍 Segunda 21/11/22, Blog do Edney

BLOG DO EDNEY 
NA LUPA 🔎 


Por Edney Souto.


O CAFEZINHO FRIO DO FINAL DOS GOVERNOS

É uma praxe que no hiato que separa a vitória de um prefeito, governador e presidente a luz daquele que vai sair para dar lugar ao novo vencedor, já não brilhe tanto como antes, uma vez que em poucos dias o governante deixará de governar e passará do planalto à planície e será tratado apenas como ex-prefeito, ex-governador e ex-presidente. Essa semana que passou um visitante que teve acesso ao ainda presidente Jair Messias Bolsonaro relatou a angústia e mostrou como é de fato o sentimento dos que tiveram a primazia de chegarem ao final dos seus governos. Vamos narrar aqui na coluna de hoje um pouco dessa história que é real não só no Agreste Meridional e no Brasil, mas em todo os lugares do mundo. Vamos lá:
EUFORIA- Em fim de mandato não há mais euforia, esperança e perspectiva de cargo, função ou emprego temporário para nenhum dos que estão alojados no núcleo do poder. Com o fim dessa euforia os ânimos mudam e o respeito que antes era praxe em relação ao administrador de uma cidade ou governo, parece desaparecer. Ordens simples não são mais cumpridas. Pedidos não são atendidos nem
mesmo por aquelas pessoas que se prestaram ao ridículo de passarem 4 anos bajulando o detentor de cargo ou função. “Rei morto, rei posto”
O GOVERNO- O que é Rei morto, rei posto:
Rei morto, rei posto é um ditado popular na língua portuguesa, utilizado no contexto político quando há a necessidade imediata de substituir um governante por outro, sem com que haja um grande período de vacância de poder.
Existem várias teorias de como teria surgido esta expressão, sendo a mais aceita baseada em uma clássica história da mitologia grega.
REI POSTO- De acordo com o conto, o herói Teseu teria usado esta expressão quando derrotou o Minotauro (criatura mística, metade touro e metade homem) e Minos, o rei de Creta.
Imediatamente após derrotar Minos e a cristura monstruosa, Teseu herdou o trono de Minos, o amor da esposa viúva e a adoração do povo de Creta. Assim, o “rei morto” do famoso ditado popular seria uma referência à Minos.
Esta lenda está, inclusive, narrada no famoso livro “Rei Morto, Rei Posto” (The King Must Die, no título original), da escritora britânica Mary Renault (1905-1983). Aqui numa tradução literal o “rei posto” será o governante que vai assumir e “rei morto” é uma alusão ao prefeito, governador ou presidente que deixará o cargo. Embora esteja vivo, politicamente não serve mais de nada, pelo menos por enquanto e enquanto estiver sem mandato. 
BOLSONARO - A consagrada jornalista Mônica Bergamo, Folha de São Paulo, em sua coluna relatou que o presidente Jair Messias Bolsonaro reclamou bastante desse período de “cafezinho frio” no Palácio do Planalto. O ainda Presidente da República, Bolsonaro(PL) teria dito que a lei precisa mudar e o vendedor deveria ser empossado logo após o resultado das eleições no mesmo dia que são contados os votos. Caro leitor aqui NA LUPA de hoje estamos relatando exatamente essa situação. “O que vai sair não tem mais poder algum, suas opiniões não possuem mais relevância de nada. Só resta ficar batendo ponto e deixar o tempo passar”. A longa espera é aflitiva”, colocou o presidente. 
DA EUFORIA AO CAOS- Temos muitos exemplos do cafezinho gelado na política. O presidente Fernando Collor que ao deixar o Palácio do Planalto após o impeachment em 1990 se dirigiu ao helicóptero presidencial que o levaria até sua residência privada: a Casa da Dinda. Collor , ex-presidente havia apenas alguns poucos minutos que havia deixado o cargo, entrou no helicóptero e pediu para o piloto dar uma volta no Ciap (Centro Integrado de Apoio Profissional), e o piloto se recusou dizendo: "Não, não tenho combustível para isso". Aí ele viu que não era mais o presidente. Quando o piloto da Aeronáutica diz "não", embora tenha dado uma desculpa, naquele momento o Collor viu que acabou. Foi para casa. Ali tinha terminado tudo. É isso nunca mudou, acontece sempre que alguém deixa o poder. 
O CAFEZINHO FRIO 1- Quando as eleições passam e o detentor do mandato não está mais concorrendo a reeleição significa que o mandato terminou. Da mesma forma que quando não se reelege e o mesmo sofre a derrota eleitoral não há mais “milhas a queimar”. Embora ainda haja quase 90 dias para passar a faixa ao sucessor, desde já o prefeito, governador e presidente (este último é inédito no Brasil pois Jair Messias Bolsonaro foi o 1° presidente desde o lançamento do instituto da reeleição a não se reeleger), perdem todo o brilho, o glamour e o poder da caneta. Os aliados temporais (aqueles de ocasião) são os primeiros a abandonar o “navio” tal qual os ratos de porão, desaparecem do radar e passam a agir como sequer tivessem alguma relação política ou funcional com aquele a quem prestava serviços ou a quem bajulava insistentemente. É o “cafezinho frio” do poder que chega para todos independente de ideologia, partido ou seja lá o que for. Todo governante é forçado aos dias de retorno aos “pés no chão”. 
O CAFEZINHO FRIO 2- Nesse momento de final de mandatos nada funciona como antes, pois todos sabem que daqui a alguns dias o atual detentor do mandato não vai mandar em mais nada. E o pior de tudo é que em paralelo há o “novo eleito” que está no auge comemorando a própria vitória e se preparando para formar uma nova equipe que dará as cartas. A nível municipal esse colunista acompanhou de perto vários casos. Os prefeitos de fim de mandato são ofuscados pelo futuro sucessor e a cidade lá não tem mais um prefeito e sim dois. São dois e nesse momento há o desgoverno porque o vencedor não assumiu e o que está na cadeira não consegue mais despertar a atenção e o respeito temporário que são emprestados aos governantes pelo povo. E não se enganem caros leitores, pois eu vi e vivi isso de perto: nem o povo trata como antes o governo que está saindo. É nessa hora que é servido o cafezinho frio nas prefeituras, palácios estaduais e agora pela primeira vez no Brasil, no Palácio do Alvorada. 
PREFEITO- Procuramos ouvir alguns prefeitos e ex-prefeitos aqui da região sobre o tema da coluna de hoje e eles foram unânimes em afirmar que não tem jeito, pois no final dos mandatos as cidades ficam com dois prefeitos e na prática com nenhum. Explico: o prefeito eleito ainda não manda, portanto não pode determinar nenhuma ação governamental. O prefeito de fim de mandato ainda “manda” embora não “mande” porque poucos se dispõe a obedecer as determinações. Tudo vira a “casa de mãe Joana” como diz o dito popular.  Em tempo, “Casa da mãe Joana”  é uma expressão popular que significa "o lugar onde todos mandam", sem organização, onde cada um faz o que quer. É isso aí!

PASSANDO A LUPA 🔎

MINISTÉRIO – Paulo Câmara (PSB), não está descartado da possibilidade de o socialista ocupar uma dos ministérios do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se inicia no dia 1º de janeiro de 2023. Pela competência e capacidade técnica, Paulo deve ser convidado pelo petista. O socialista não tem deixado escapar, mas é um dos nomes cotados do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
DEVOLVE - Um dia após suspender as investigações sobre fraudes e corrupção na Fundação Getúlio Vargas, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes determinou a “imediata” devolução de bens apreendidos a diretores da instituição de ensino. Segundo apurou o Estadão, entre os bens a serem devolvidos, estão valores em moeda estrangeira e de ouro, celulares e computadores que seriam essenciais para aprofundar as investigações.
LULA CABRAL - O Tribunal Superior Eleitoral deu provimento ao registro de candidatura de Lula Cabral a deputado estadual. Ele obteve 34.798 votos mas como seus votos não tinham sido validados pelo TRE, o PSB acabou ficando com 14 vagas e o Solidariedade apenas três. Diante da decisão do TSE, Lula Cabral será diplomado como deputado estadual no próximo dia 19 de dezembro, enquanto o deputado estadual Diogo Moraes ficará na primeira suplência do PSB.
PARTIU - A governadora eleita, Raquel Lyra (PSDB), viajará pela primeira vez como governadora do estado. A tucana participará de um curso na universidade de Oxford, na Inglaterra, do dia 24 ao dia 26 de outubro, juntamente com dez governadores eleitos.
CERVEJA - Para tristeza dos brasileiros que viajaram para acompanhar os jogos da Copa do Mundo do Catar, as regras são bastante rígidas quando o assunto é o consumo de bebidas alcóolicas. O tradicional conjunto de regras, de acordo com a religião muçulmana, detremina locais e quantidade de bebida permitida.  O torcedor brasileiro só pode comprar e consumir bebidas alcoólicas, no Qatar, em lugares e horários específicos. Nos estádios, o consumo é terminantemente proibido. No entanto, os turistas que estão no país já tem dado "um jeitinho todo brasileiro" de driblar as regras da anfitriã do mundial. Com essas medidas, muitos brasileiros estão buscando uma maneira de burlar as normas. Nas redes sociais, imagens viralizaram após brasileiros relatarem que estão usando capinhas com marcas de refrigerante em latas de cerveja para assistir os jogos dentro dos estádios.
MAIA - O deputado federal pelo Rio de Janeiro e ex-presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (PSDB), foi hostilizado em um resort no litoral norte da Bahia. O parlamentar tentava iniciar o café da manhã, quando foi atacado com xingamentos pelos demais hóspedes.
COSTA NETO - Em live polêmica, Maria Christina Mendes Caldeira, ex-esposa do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, fez revelações bombásticas sobre casos de corrupção e ainda declarou que Michelle Bolsonaro, esposa do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi “peguete” de seu ex-marido. Em vídeo feito como um recado direto para o ex-marido, Maria Christina ainda disse que Valdemar sempre desdenhou de Bolsonaro, a quem chamava “baixo clero burro”.
DOADORES - Empresários ligados ao agronegócio, indústria e bancos. Este é o perfil dos suspeitos de financiar os atos antidemocráticos em apoio a continuidade de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência da República. Os empresários tiveram as contas bloqueadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após investigações apontarem que eles doaram mais de R$ 1,3 milhão para a campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e também para os atos antidemocráticos que ocorrem no país.
O Uol fez um levantamento sobre o valor das doações e o empresário bolsonarista do Mato Grosso, Atilio Elias Rovaris, foi o principal doador de campanha. Confira a lista completa:

R$ 500 mil - Atilio Elias Rovaris (da Transportadora Rovaris Ltda, de Sorriso-MT)

R$ 197 mil - Doações da família Bedin (Sorriso-MT)

R$ 147 mil - Doações da família Pozzobon (da Fermap Transportes, de Sorriso-MT)

R$ 103 mil - Doações da família Costa Beber (de Nova Mutum-MT)

R$ 80 mil - Doações da família Pedrassani (Drelafe Transportes de Carga Ltda, de Cuiabá-MT)

R$ 60 mil - Doações da família Piaia (de Campo Novo do Parecis-MT)

R$ 60 mil - Doações da família Ogliari (Muriana Transportes Ltda, de Nova Mutum-MT)

R$ 50 mil - Fausto Scholl (Sipal Industria E Comercio Ltda - Sorriso-MT)

R$ 50 mil - Gerson Luis Garbuio (da Agritex, de Querência-MT)

R$ 30 mil - Waldemar Verdi Júnior (do Banco Rodobens)

R$ 30 mil - Moyses Antônio Bocchi (do Berrante de Ouro Transportes Ltda, de Sorriso-MT).